Os trabalhadores de 150 lojas da Starbucks entrarão em greve na próxima semana, após o sindicato local da categoria afirmar que a empresa restringiu as decorações comemorativas do mês do orgulho LGBT+ em algumas lojas. A Starbucks nega ter proibido tais exibições e acusa o sindicato de usar a questão como tática nas negociações trabalhistas.
O sindicato tem tentado ampliar presença na Starbucks e há elo menos 358 lojas da Starbucks fizeram petições para a National Labor Relations Board (Junta Nacional de Relações Trabalhistas) para realização de eleições sindicais.
Uma loja da Starbucks em Buffalo, Nova York, se tornou a primeira a se sindicalizar no início do ano passado. No entanto, esses esforços diminuíram nos últimos meses com a resistência de alguns trabalhadores em relação às iniciativas de organização.
Na sexta-feira, o Starbucks afirmou que o Workers United está espalhando mentiras sobre seu apoio às causas LGBTQ+ como parte das negociações contratuais em andamento. "O Workers United continua a espalhar informações falsas sobre nossos benefícios, políticas e esforços de negociação - uma tática usada para aparentemente dividir nossos parceiros e desviar de sua falha em responder às sessões de negociação para mais de 200 lojas", disse o Starbucks, por escrito, em um comunicado.
A Starbucks, com sede em Seattle, afirmou na semana passada que não houve nenhuma alteração em qualquer política sobre o assunto e que seu apoio às causas LGBTQ+ é "inabalável".
O Workers United afirma que gerentes de lojas em todo o país limitaram ou removeram decorações durante o mês de celebração das pessoas LGBT+. Em alguns casos, segundo o sindicato, os gerentes teriam dito aos trabalhadores que as exibições do Orgulho representavam um problema de segurança, citando incidentes recentes na Target em que alguns clientes irritados derrubaram mercadorias e confrontaram os funcionários.
A Starbucks afirmou que campanhas recentes nas redes sociais contra marcas como Disney, Target e Bud Light em algumas partes do país não mudaram sua posição./AP