No ar em Renascer, da TV Globo, Gabriela Loran passou pela cirurgia de redesignação sexual em janeiro deste ano, na Tailândia. Em vídeo publicado nas redes sociais, a atriz mostrou um pouco de como foi o processo e contou algumas dificuldades que enfrentou no pré e no pós-operatório.
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O método de cirurgia escolhido pela artista envolve usar um pedaço do intestino para construir o canal vaginal. Por isso, ela precisou fazer jejum e tomar laxante antes da operação. "A pior coisa dessa cirurgia foi o laxante, mas é importante porque tem que limpar bem as tripas aqui dentro, não pode estar com restinho de nada, porque ela vai ser usada para construir o canal vaginal", contou.
A cirurgia da atriz durou cerca de oito horas, e ela precisou passar a noite no centro cirúrgico em observação."No pós-operatório, não senti dor alguma, a não ser no segundo dia que fiquei com gases na barriga e aqueles gases doíam muito. Na cirurgia, não senti dor nenhuma. O que aconteceu foi que, por estar muito sensível no clitóris, quando as enfermeiras fizeram a higienização, era muito sensível, então sentia uma agonia, mas não era dor", relembrou.
Além da sensibilidade e da dor dos gases, Gabriela falou que foi difícil voltar a ficar de pé, pois precisou passar os dois primeiros dias após a operação deitada de pernas abertas. "Foi uma missão ficar em pé. É importante que a gente caminhe a partir do terceiro dia ou quarto dia para começar a organizar a questão sanguínea e não dar uma trombose."
Gabriela passou pelo procedimento médico no Kamol Cosmetic Hospital, na capital tailandesa, pioneiro nas cirurgias de redesignação sexual. Ela disse que conheceu o hospital em meados de 2017 e chegou a pesquisar sobre médicos brasileiros que fazem essa operação, mas se decepcionou com os relatos que ouviu de outras trans que foram operadas no Brasil.
A atriz contou que não gostou do tratamento que recebeu nos consultórios brasileiros, além de ser mais caro fazer a cirurgia aqui do que na Tailândia. "Achei o tratamento muito desumanizado, não tinha acolhimento. Quando mandei mensagem para os números, era um tratamento muito curto e grosso. O primeiro baque foram as consultas com valores exorbitantes, R$ 700, R$ 900. Existe uma questão muito cruel no Brasil quando o assunto é redesignação em relação a esse mercado financeiro que está em cima de pessoas trans, veem as pessoas trans apenas como dinheiro, como números", disse.
Ela contou que foi cobrada R$ 67 mil apenas para a cirurgia e quatro dias de internação. Além disso, soube de relatos de outras trans que tiveram problemas no pós-operatório, então decidiu ir à Tailândia.