Mês do orgulho LGBT+: por que é comemorado em junho?

Entenda a origem e a importância do Mês do Orgulho LGBT+ na luta pelos direitos desta comunidade em todo o mundo

12 mai 2023 - 05h00
(atualizado às 12h27)
Marsha P. Johnson e outros
Marsha P. Johnson e outros
Foto: Getty Images

Junho é conhecido por uma intensa atividade relacionada à temática LGBTQIA+ em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.

Entre os eventos está a esperada Parada LGBTQIA+ de São Paulo, que figura entre as maiores do mundo. A festa em tom de ativismo será realizada no dia 11 de junho.

Publicidade

Além disso, o mês, marcado por comemorações e lutas, ainda reserva uma data especial para comemorar: o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Mas você sabe o motivo de toda essa movimentação da comunidade ser no mês de junho?

Entenda abaixo a origem e a importância dessas comemorações em junho na luta pelos direitos desta população em todo o mundo. 

Quando é o Mês do Orgulho LGBT+?

O Mês do Orgulho LGBT+ é celebrado em junho no Brasil e em diversos países do mundo.

Isso se deve às manifestações que aconteceram após uma ação truculenta da polícia no ano de 1969 em um bar LGBT, em NY. Na época, a relação entre pessoas do mesmo sexo era proibido.

Publicidade

O movimento ficou conhecido como a Rebelião de Stonewall,nome do bar. Os frequentadores se revoltaram com a ação policial e fizeram diversas passeatas, transformando o momento em um marco histórico que reverbera até hoje.

Quando é o Dia do Orgulho LGBT?

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é comemorado em 28 de junho como uma forma dessa população e seus aliados lutarem por direitos e igualdade. Já no Brasil, existe o Dia Nacional do Orgulho Gay, que acontece em 25 de março, com o mesmo objetivo, mesmo que traga destaque para a sigla G do movimento.

Foto: Getty Images

Por que o mês de junho é o Mês do Orgulho LGBT?

O marco histórico da Rebelião de Stonewall foi o estopim para que diversos membros da comunidade LGBT+ fossem às ruas de Nova York protestar contra a abordagem violenta da polícia ocorrida no dia 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn. A manifestação foi liderada pela drag queen Marsha P. Johnson em parceria com Sylvia Rivera até o Central Park. 

Um ano depois, a comunidade LGBT+ mobilizou a primeira marcha do orgulho gay em algumas cidades dos Estados Unidos e junho passou a ser conhecido como o Mês do Orgulho.

Publicidade

Importância do Mês do Orgulho LGBT+

A celebração é utilizada para instigar ações afirmativas e de políticas públicas voltadas para o público LGBT+, além de reunir pessoas pelo mundo lutando contra à homofobia. 

Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a "Pesquisa Nacional de Saúde: Orientação sexual autoidentificada da população adulta" que mostram 2,9 milhões de pessoas adultas que se auto declaramlésbicas, gays ou bissexuais. Este número, entretanto, pode estar subnotificado por conta do preconceito ainda presente na sociedade.

No Brasil, a primeira Parada do Orgulho Gay ocorreu em 1997 em São Paulo e reuniu cerca de 2 mil pessoas. Em 2009, o evento teve seu nome alterado para Parada do Orgulho LGBT a fim de contemplar todas as siglas da comunidade.

Em 2022, a 26ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo recebeu mais de 4 milhões de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com dados do Observatório do Turismo da Prefeitura de São Paulo e da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo 

Publicidade

Em 2023, a 27ª edição da manifestação ocorre no dia 11 de junho, com concentração na Avenida Paulista a partir das 10h.

Foto: Getty Images

Homofobia é crime

Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu favoravelmente a criminalização da homofobia, incluindo-a no artigo 20 da lei 7.716 de 1989 que "define os crimes resultanes de preconceito de raça e cor". A pena é de um a três anos de prisão e multa, podendo chegar até cinco anos de reclusão com agravantes.

De acordo com o levantamento mais recente feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) em janeiro de 2023, 52% pessoas gays foram vítimas de violência, sendo 42,96% pessoas travestis e transexuais.

Fonte: Redação Nós
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações