Combinar e desafiar as categorias tradicionais de gênero é a essência da identidade não-binária. É uma identidade de gênero que não se conforma com a dualidade masculino e feminino.
Indivíduos que não são binários podem abraçar elementos de ambos os gêneros, rejeitá-los completamente ou até mesmo optar por uma nova identidade de gênero.
Reconhecer e validar a pluralidade de gênero para além do binário é essencial para promover a inclusão e o respeito à autodeterminação.
Essa identidade reconhece a identidade de gênero específica de cada indivíduo, não aquela imposta socialmente considerando o sexo atribuído no dia do nascimento.
Tipos de não-binariedade
Existem várias formas de não-binariedade que podem ser expressas e vivenciadas por pessoas não-binárias. Aqui estão alguns exemplos:
Gênero neutro: Alguns indivíduos não binários podem se identificar como neutros em relação ao gênero, não se identificando especificamente como masculino ou feminino.
Bigênero: Pessoas bigênero se identificam como tendo dois gêneros simultaneamente, podendo ser masculino e feminino, masculino e não-binário, feminino e não-binário, ou outros.
Agênero: Indivíduos agênero não têm uma conexão ou identificação com nenhum gênero específico. Eles podem se sentir fora do espectro binário e podem não experimentar ou expressar gênero em sua identidade.
Gênero fluido: Pessoas de gênero fluido têm uma identidade de gênero que pode mudar ou fluir com o tempo. Eles podem se apresentar características de esteriótipos de gênero mais masculinos em certos momentos, mais femininos em outros e, possivelmente, não-binários em outros momentos.
Andrógino: Alguém que se identifica como andrógino pode ter uma mistura ou combinação de características de esteriótipos de gênero tanto masculinas quanto femininas, ou pode se apresentar fora do espectro binário de gênero.
E importante lembrar que a experiência de cada pessoa não-binária é única e individual. Cada indivíduo pode ter uma forma única de entender e expressar sua identidade de gênero não-binária.
Linguagem neutra
A linguagem neutra é uma forma de comunicação que busca evitar o uso de pronomes e termos de gênero binário, como "ele" e "ela", e adota pronomes neutros para se referir a pessoas.
Essa prática é adotada para promover a inclusão e o respeito às identidades de gênero não-binárias e fluidas, reconhecendo que a experiência de gênero vai além da dicotomia masculino/feminino.
Além dos pronomes neutros, como "elle" ou "elu", em alguns idiomas, como o inglês, é comum utilizar o pronome "they/them" de forma singular para se referir a uma pessoa de forma neutra.
A linguagem neutra também se preocupa em utilizar termos e expressões que não reforcem estereótipos de gênero ou perpetuem normas binárias. Isso envolve substituir palavras como "senhor" ou "senhora" por termos neutros, como "pessoa" ou "indivíduo", e evitar expressões que pressuponham uma identidade de gênero específica.
Bandeira
A bandeira do orgulho não-binário foi criada em 2014 por Kye Rowan, ativista da causa.
Ela é composta por quatro faixas horizontais nas cores amarelo, branco, roxo e preto.
O amarelo representa pessoas cuja identidade de gênero não tem referência ao padrão binário, o branco, indivíduos com muitos gêneros, o roxo é para quem se identifica com gêneros que misturam os esteriótipos de feminino e de masculino e o preto é para quem se identifica como sem gênero.
Famosos não-binários
Alguns artistas já comentaram ser não-binários, entre eles Sam Smith, Miley Cyrus, Cara Delevingne, Demi Lovato e Erza Miller e Ruby Rose.
Entre artistas brasileiros, a atriz Barbara Paz e Serginho, ex-bbb, e Will Duarte, participante do Masterchef, já declararam também ser não-binários.
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