A 22ª Caminhada de Mulheres lésbicas e bissexuais acontece no centro de São Paulo neste sábado (1º). O tema reivindica a memória de Luana Barbosa e Ana Carolina Campelo, mortas em um crime de lesbocídio.
A organização do evento ressaltou a memória das duas e falou sobre um caso mais recente envolvendo um casal de mulheres. Jackeline Galdino da Silva e Gilmara de Almeida foram assassinadas na cidade de Campos Sales, no interior do Ceará, quando estavam andando de mãos dadas na rua.
“Acordamos com mais uma notícia de um casal de lésbicas que tiveram suas vidas ceifadas no Ceará. Se a violência não para, a gente não para de resistir”, disse Cinthia Abreu, uma das organizadoras do evento.
Cinthia continuou falando sobre a luta lésbica e bissexual, em especial pelo direito de viver e poder fazer parte da estrutura da cidade de São Paulo.
“Queremos uma cidade segura. A gente quer muito mais que um dia na Avenida Paulista, de bandeirinhas coloridas nos bares que aceitam a gente só durante uma semana”, disse, se referindo à Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que acontece no ponto turístico da capital paulista. “A gente não quer um dia só de visibilidade, queremos 365. Queremos fazer parte da democracia dessa cidade”, disse.
“Estamos nos organizando para resistir. A nossa vida está em jogo. E é por isso que estamos indo para as ruas”, finalizou Cinthia.