Jerusalém realizou nesta quinta-feira, 30, sua parada anual do orgulho gay sob forte segurança e com uma atmosfera moderada, dado o clima solene em Israel após meses de guerra.
Apoiadores LGBTQIA+ caminharam pelas ruas de Jerusalém carregando bandeiras arco-íris, bandeiras israelenses e fitas amarelas, um símbolo dos reféns ainda detidos em Gaza. Ausentes estavam os aplausos e a música vibrantes que costumam acompanhar o evento.
Os organizadores estimaram que 10.000 pessoas participaram do evento. A polícia disse que cerca de 2.000 policiais estavam de guarda.
A participação foi menor do que nos anos anteriores. Estima-se que o desfile do ano passado em Jerusalém atraiu 30 mil pessoas.
Netanel Shaler, diretor executivo do Havruta, um grupo LGBTQIA+ para pessoas com tendências religiosas, disse que o objetivo foi demonstrar sensibilidade diante da situação geral de segurança e ao mesmo tempo permitir que as pessoas se manifestassem.
O desfile deste ano adotou o slogan "Nascer para ser Livre" e foi liderado em parte pelo fórum de famílias e apoiadores de reféns raptados durante o ataque do Hamas de 7 de outubro que desencadeou o massacre de palestinos por Israel na Faixa de Gaza.
Alguns manifestantes apareceram nos bastidores segurando cartazes contra o desfile. Não houve incidentes inesperados ou violência, disseram os organizadores.
Yair Lapid, líder da oposição e ex-primeiro-ministro, participou do evento.
"A marcha é mais importante este ano do que nunca", disse ele. "Aqui somos lembrados de que não estamos apenas lutando pela vida do Estado de Israel, mas também por que tipo de país ele será. Quais são os seus valores, no que acredita."