Reynaldo Gianecchini foi alvo de LGBTfobia online após posar como drag queen: o que fazer?

Denúncia deve ser feita tanto na plataforma quanto na delegacia

20 mai 2024 - 11h01
(atualizado às 17h25)
Reynaldo Gianecchini sofreu ataques homofóbicos após publicar foto como drag queen
Reynaldo Gianecchini sofreu ataques homofóbicos após publicar foto como drag queen
Foto: Reprodução/Instagram/@priscillarainhadodesertobr

Depois de publicar uma foto montado como a drag Mitzie Mitosis, que irá interpretar no musical "Priscilla, a Rainha do Deserto", o ator Reynaldo Gianecchini sofreu uma série de ataques homofóbicos. 

Nos comentários, usuários dizem que na infância deles não tinha "isso", querendo saber quem era "a moça" e o chamaram de "inimigo" de Deus.

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Em 2022, a Safernet recebeu mais de 74 mil denúncias de crimes envolvendo discurso de ódio online na Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, muitas delas relativas a orientação sexual afetiva e identidade de gênero. 

Além da Central da Safernet, existem outros caminhos para denúncias de ataques online. A  empresa de assessoria jurídica e educação sobre direitos LGBTQIA+, "Bicha da Justiça" explica que o primeiro passo é identificar se o crime é considerado LGBTfobia ou injúria LGBTfóbica. 

"LGBTfobia é um crime de ódio, cuja agressão é dirigida à comunidade LGBTQIA+. Ou seja, um exemplo é quando uma pessoa é impedida de fazer ou deixar de fazer algo apenas por ser LGBTQIA+. A injúria LGBTfóbica, por sua vez, ocorre quando a ofensa é feita diretamente para um indivíduo por conta da sua sexualidade ou identidade de gênero", explica o site da assessoria jurídica. 

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Eles recomendam ainda que se mantenha a calma, evitando discussão com o autor do crime. Em seguida tire print de todos os conteúdos e denuncie na própria plataforma. 

Com os prints impressos, leve o conteúdo à delegacia, e se possível  reconheça a autenticidade das provas impressas no cartório de notas da sua cidade.

Caso a cidade onde more conte com uma delegacia especializada em crimes cibernéticos, opte por ela, caso não, tente uma das delegacias especiais de Direitos Humanos. Se não houver nenhuma das opções, você pode recorrer à delegacia mais próxima da sua residência. 

Fonte: Redação Terra
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