Artista internacionalmente reconhecida, a apresentadora Greg Queen, 28, fez um emocionamento desabafo sobre o processo de 'cura gay', também denominada de terapia de reversão ou de conversão à heterossexualidade, a qual foi submetida durante a juventude, dos 10 aos 18 anos de idade. Entre os processos, relata ter sido vítima de agressões que incluíram até mesmo eletrochoques.
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Embaixadora do projeto Fim da Cura, Greg encontrou na iniciativa a oportunidade de ressignificar "dores" vividas durante a adolescência. "São coisas que a gente carrega até hoje, acabamos lutando e nos tratando para negar as nossas vontades, personalidades, nossa liberdade de ser", disse em entrevista ao Terra Agora desta quinta-feira, 23.
A artista conta que foi submetida ao processo no fim da infância quando, segundo cita, "seu carisma infantil passou a ser problemático": "Já fui sendo suspensa de algumas aulas ali, foram chamando minha mãe".
Greg conta, ainda, que a pior parte do processo foi vivida dentro da igreja, sem especificar a denominação: "Fazem as atrocidades em nome de Deus, então a gente tem esse negócio de ter temor, de respeitar e achar que essa é a única verdade".
"Sofri agressões físicas, incluindo eletrochoques, jejuns, repetições de movimentos, escrevia coisas para por na fogueira, coisas que no aspecto mental são muito significativas", afirmou.
Greg ainda aproveitou a oportunidade para exaltar a Parada do Orgulho LGBT+, que acontece em 2 de junho na Avenida Paulista, em São Paulo. "De extrema importância ter um momento para celebrar, realmente valorizar a luta que já começou lá atrás por outras pessoas, celebrando nossas expressões artísticas, nossa vontade de ser livre, com muita consciência, luta, mas também para celebrar o nosso momento".
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