Tudo sobre a bandeira LGBT+: origem, quantas existem, seus significados e mais

Descubra os significados das cores das bandeiras LGBTQIA+ e a importância delas

9 mai 2023 - 05h00
(atualizado em 3/6/2024 às 18h20)
Veja algumas bandeiras LGBTQIA+ e o significado por trás de seus símbolos e cores
Veja algumas bandeiras LGBTQIA+ e o significado por trás de seus símbolos e cores
Foto: Reuters

As bandeiras LGBTQIA+, com suas cores e símbolos, servem como uma forma de representatividade para diversos grupos e movimentos. A mais conhecida é a bandeira do arco-íris, criada por Gilbert Baker em 1978, que se tornou um ícone global do orgulho e da visibilidade para a comunidade.

Além desta, existem diversas outras bandeiras que representam lutas e identidades específicas, como a do orgulho trans, bissexual, pansexual e assexual. Cada uma possui seus próprios elementos, capturando as experiências e desafios singulares das pessoas que se identificam com essas identidades.

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Das 28 bandeiras, nove são mais conhecidas. No entanto, ao longo do tempo, as percepções sobre sexualidade e gênero tem evoluído, resultando não apenas em mudanças nas bandeiras existentes, mas também no surgimento de novas identidades e simbologias, como a bandeira polissexual. 

Uso e popularidade

As bandeiras são amplamente usadas para celebrar e reivindicar a diversidade da comunidade LGBTQIA+. Em eventos de orgulho, como a Parada do Orgulho LGBT, que aconteceu no último domingo, 2, em São Paulo, essas bandeiras são onipresentes, simbolizando a união e a visibilidade da comunidade.

Além disso, elas são frequentemente vistas em protestos e manifestações, onde servem como poderosos emblemas de resistência e luta por direitos.

Na mídia e na cultura pop, as bandeiras aparecem em séries, filmes, campanhas publicitárias e até em produtos de moda. Em redes sociais, essas bandeiras são usadas em perfis e postagens, ajudando a aumentar a conscientização e a promoção de apoio à comunidade LGBTQIA+.

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Impacto social e político

As bandeiras têm sido catalisadoras de mudanças sociais e políticas tanto em âmbito local quanto global. Elas simbolizam orgulho, visibilidade e resistência, unindo a comunidade em sua busca por igualdade. São vistas em eventos comunitários e chamam a atenção para violações dos direitos humanos, promovendo uma cultura de respeito e inclusão.

Bandeira Arco-íris

Bandeira 'arco-íris' é considerada a mais comum no movimento LGBTQIA+
Foto: Wikimedia

A bandeira colorida é, de longe, o maior símbolo do movimento LGBTQIA+. Exibida pela primeira vez na Parada LGBT em São Francisco, nos Estados Unidos, a bandeira foi criada em 1978 pelo artista norte-americano Gilbert Baker.

Originalmente, a bandeira tinha oito cores, das quais seis permanecem até hoje. Segundo Baker, essa bandeira foi criada com o objetivo de significar a diversidade e a inclusão, usando “algo da natureza para representar que nossa sexualidade é um direito humano".

O vermelho simboliza a vida; o laranja, cura ou saúde; o amarelo, a luz do sol; o verde, a natureza; o azul, a arte; e o lilás, o espírito.

Nova bandeira do orgulho LGBTQIA+

Nova bandeira LGBTQIA+ inclui a gravura do orgulho intersexo, a paleta do orgulho trans e listras representando o antirracismo
Foto: Wikimedia

Apesar da "bandeira do arco-íris” ser a mais utilizada dentro do movimento LGBTQIA+, o debate sobre a ausência de representatividade de alguns grupos que compõem a comunidade levou à atualização da bandeira "over the rainbow".

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A nova versão foi lançada em novembro de 2022 durante a 27ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Copacabana. Sua nova versão inclui a gravura do orgulho intersexo - pessoas que não se enquadram nas definições biológicas consideradas típicas de masculino ou feminino -, a paleta do orgulho trans e listras representando o antirracismo.

Bandeira lésbica

‘Bandeira labrys’ é considerada como a mais política das bandeiras lésbicas por seus diversos elementos que carregam história
Foto: Wikimedia

Publicada em 2000 no jornal Palm Springs Gay and Lesbian Times e feita pelo designer gráfico gay Sean Campbell, a bandeira labrys é considerada como a mais política das bandeiras lésbicas por seus diversos elementos que carregam história.

O violeta ao fundo é associado às poesias de Safo, a primeira mulher que se tem registro histórico de amar mulheres; o triângulo preto invertido é uma reivindicação do símbolo, que foi usado por nazistas para marcar as mulheres "anti-sociais", indesejadas - inclusive, lésbicas; e o machado de dupla lâmina, o lábris ou labrys, está associado a uma arma usada pelas Amazonas da mitologia, uma nação guerreira composta exclusivamente por mulheres.

Bandeira não-binária

Bandeira não binária foi criada em 2014 por Kye Rowan, ativista da causa
Foto: Wikimedia

Criada em 2014 por Kye Rowan, ativista da causa não-binária, a bandeira do orgulho não-binário é composta pelas cores amarelo, branco, roxo e preto.

O amarelo representa as pessoas cujo gênero não se enquadram ao conceito binário de gênero; o branco é relacionado às pessoas que se identificam com vários gêneros; o roxo está associado à fluidez das experiências de gênero, representando pessoas que se identificam tanto com o gênero masculino e quanto do feminino ou misturam estes dois; o preto, por ser a ausência total de cores, representa as pessoas que não se identificam com gênero algum.

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Bandeira trans

Bandeira trans foi criada em 1999 por Monica Helms, uma mulher trans estadunidense
Foto: Wikimedia

De acordo com a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), a bandeira do Orgulho Transgênero foi criada em 1999 por Monica Helms, uma mulher trans estadunidense.

A bandeira possui cinco faixas horizontais, sendo duas azuis claras, duas rosas e uma branca no centro.

O azul representa pessoas transmasculinas, o rosa pessoas transfemininas e o branco pessoas não-binárias.

Bandeira bissexual

A cor roxa, que se forma a partir da mistura entre o rosa e o azul, representa as pessoas bissexuais
Foto: Wikimedia

Desenhada por Michael Page, em 1998, a bandeira bissexual é formada pelas cores rosa, roxo e azul.

A faixa rosa, no topo da bandeira, representa pessoas que se relacionam apenas com pessoas do mesmo gênero. A azul, última cor da bandeira, está associada aqueles que se relacionam com pessoas do sexo oposto. No meio, a cor roxa, que se forma a partir da mistura entre o rosa e o azul, representa as pessoas bissexuais, que se atraem por ambos os gêneros. 

Bandeira queer 

O termo 'queer' representa pessoas que se contrapõem à necessidade de se encaixar aos padrões impostos pela sociedade
Foto: Wikimedia

Com três faixas de cores, assim como a bandeira bissexual, a bandeira queer foi criada por Mariyn Roxie em 2010.

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A partir do lilás, do branco e o verde, a bandeira representa pessoas que se contrapõem à necessidade de se encaixar aos padrões impostos pela sociedade, seja de gênero ou sexualidade. 

Bandeira pansexual

‘Pansexuais’ são os indivíduos que sentem atração por pessoas independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero
Foto: Wikimedia

Se definem como pansexuais os indivíduos que sentem atração por pessoas independente de sua orientação sexual, sexo ou identidade de gênero.

Criada em 2010, a faixa rosa representa a atração por pessoas que se identificam como mulheres, a faixa azul a atração por pessoas que se identificam como homens e a amarela engloba os indivíduos que não levam em consideração a identidade de gênero ou o sexo daquele com quem resolve se relacionar.

Bandeira intersexo

Amarelo e roxo são usados porque nenhuma dessas cores representa as construções tradicionais de identidades binárias
Foto: Wikimedia

O termo intersexo representa pessoas que nascem com características genéticas que não se enquadram nas definições biológicas consideradas típicas de masculino ou feminino.

Até alguns anos atrás, pessoas intersexo eram chamadas de hermafroditas, porém o termo caiu em desuso por ser pejorativo e por estar associado apenas aos genitais, sem considerar alterações hormonais. 

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Segundo a iniciativa Queer In The World, a bandeira do orgulho intersexual mais comum é projetada com um fundo amarelo e um círculo roxo no centro.

Em 2013, Morgan Carpenter, da Intersex Human Rights Australia, escolheu amarelo e roxo porque nenhuma dessas cores representa as construções tradicionais de identidades binárias (masculino e feminino).

Bandeira assexual

Na bandeira assexual, a assexualidade é representada pela faixa preta
Foto: Wikimedia

Composta pelas cores preta, cinza, branca e roxa, a bandeira do orgulho assexual representa pessoas que não se sentem sexualmente atraídas por outras pessoas.

A bandeira da assexualidade foi desenhada em 2010 durante um mês de competição promovida pela Rede de Visibilidade e Educação Assexual (AVEN), após uma votação online de membros de vários movimentos compostos por pessoas assexuais.

Segundo o Manual de Comunicação LGBTI+, a faixa preta representa a assexualidade, a cinza representa a área entre ser sexual e assexual, a faixa branca representa o desejo sexual e a faixa roxa representa a comunidade.

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Bandeira do gênero-fluido

Bandeira do gênero fluido representa a flutuação e flexibilidade do gênero
Foto: Wikimedia

Pessoas gênero-fluido são pessoas cujas identidades de gênero passam por mudanças de tempos em tempos.

Criada em 2012 por JJ Poole, a bandeira gênero-fluido representa a flutuação e flexibilidade do gênero.

A cor rosa simboliza a feminilidade, a branca representa a ausência de gênero, a roxa simboliza a combinação entre masculinidade e feminilidade, a preta mistura todos os gêneros e o azul representa a masculinidade.

Bandeira polissexual

Polissexualidade é caracterizada pela atração por dois ou mais gêneros
Foto: Wikimedia

A polissexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela atração por dois ou mais gêneros, porém não todos como no caso das pessoas panssexuais.

Muitas pessoas têm dificuldade de entender esse conceito porque ainda só compreendem a existência dos gêneros masculino e feminino, sem considerar as pessoas não-binárias, queers, gênero-fluido, etc.

Apesar dos diversos tipos de identidade de gênero, a bandeira do orgulho polissexual, criada em 2012 por um usuário da rede social Tumblr, identificado como Tomlin, leva em consideração apenas a atração por mulheres, representada pelo rosa, a atração por homens, representada pelo azul, e a atração por pessoas não-binárias, simbolizada pelo verde.

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Bandeira agênero

A ageneridade não é considerada como um tipo de gênero, mas uma identidade
Foto: Wikimedia

Pessoas agênero são pessoas que não se identificam com gênero algum, seja ele binário, não-binário ou neutro.

A ageneridade, portanto, não se configura como um tipo de gênero, mas uma identidade.

Fugindo à "regra", pessoas agênero também podem se identificar como pertencentes ao guarda-chuva não-binário e/ou transgênero, mas isso não é uma regra para todas as pessoas.

Criada em 2014 por Salem Fontana, a bandeira agênero possui sete faixas horizontais, sendo que o preto e o branco representam a ausência de gênero; o cinza a ausência parcial de gênero e o verde simboliza a não-binariedade. 

Bandeira dos aliados à causa LGBTQIA+

Aliados são aqueles que não fazem parte da comunidade LGBTQIA+, mas apoiam a causa
Foto: Wikimedia

Se você não faz parte da comunidade LGBTQIA+, mas quer demonstrar seu apoio à causa, a bandeira dos aliados foi desenvolvida justamente para isso.

Um aliado é uma cisgênero e heterossexual que reconhece a discriminação enfrentada pela comunidade LGBTQ devido à sua identidade de gênero, expressão ou orientação sexual.

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A bandeira tem o fundo listrado, em preto e branco, remetendo a heterossexualidade, e um triângulo colorido acima, simbolizando a bandeira arco-íris do orgulho LGBT+. 

Entenda as cores da bandeira do orgulho LGBTQIAP+
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Fonte: Redação Terra
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