PF investiga desmatamento ilegal na terra indígena Menkragnoti

Policiais cumprem seis mandados de busca e apreensão

12 abr 2022 - 13h45
(atualizado às 13h47)
Na ação, foram realizadas apreensões de armas e veículos pelo Ibama na terra indígena e nos seus arredores
Na ação, foram realizadas apreensões de armas e veículos pelo Ibama na terra indígena e nos seus arredores
Foto: Polícia Federal/Mato Grosso/ Operação Escudo de Palha

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (12) seis mandados de busca e apreensão, nas cidades de Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, e em Iporá, Goiás. A ação, no âmbito da Operação Escudo de Palha, investiga o desmatamento ilegal na terra indígena Menkragnoti, nas proximidades da aldeia Kotori, no município de Peixoto de Azevedo (MT).

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro de 2022, após denúncia recebida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em Cuiabá de extração ilegal de madeira na terra indígena. Pela denúncia, nas proximidades da aldeia havia cerca de 2 mil metros cúbicos de madeiras cortadas e prontas para serem retiradas. E que os madeireiros da cidade de Peixoto de Azevedo teriam cooptado as lideranças indígenas da aldeia Kororoti, ofertando cerca de R$ 70 mil para a retirada dessa madeira.

Publicidade

Com base na denúncia, no mesmo mês foi realizada uma ação conjunta da Polícia Federal, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Ibama e Delegacia de Meio Ambiente (Dema), que após sobrevoo de helicóptero, constatou o desmatamento e a existência de madeiras cortadas. Na ação, foram realizadas apreensões de armas e veículos pelo Ibama na terra indígena e nos seus arredores.

“Os mandados cumpridos nesta terça-feira têm foco nos possíveis participantes dos crimes, dentre eles madeireiros e uma liderança indígena. Os investigados podem responder pelos crimes ambientais de desmatamento e óbice à ação fiscalizadora do Poder Público, com penas de até quatro anos de reclusão e três anos de detenção, respectivamente, e associação criminosa, com pena de até três anos de reclusão, dentre outros crimes”, disse a PF em nota.

Agência Brasil
TAGS
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se