"Piranha": polícia investiga se assédio no trabalho foi motivo da morte de escrivã

Rafaela Drumond, de 31 anos, gravou vídeo em que discute com um homem não identificado

16 jun 2023 - 16h38
(atualizado às 16h39)
"De tudo que eu falei, ela tá preocupada com 'piranha'", diz homem no vídeo
"De tudo que eu falei, ela tá preocupada com 'piranha'", diz homem no vídeo
Foto: Reprodução/g1

Na última sexta-feira, 9, a escrivã da Polícia Civil Rafaela Drumond, de 31 anos, foi encontrada morta pelos pais em Antônio Carlos, em Minas Gerais. A Polícia Civil instaurou inquérito policial e procedimento disciplinar para investigar o motivo que poderia ter levado Rafaela a cometer suicídio.

O Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de MG (Sindep) recebeu denúncias com vídeos e áudios que mostram que Rafaela estava sofrendo assédio e pressão psicológica em seu trabalho. Uma gravação feita por Rafaela foi divulgada nesta quinta-feira, 15, e mostra um homem admitindo que chamou a escrivã de “piranha” e insinuando que um dos dois estaria de olho roxo se Rafaela fosse homem.

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“Grava e leva no Ministério Público, na Corregedoria, leva pra puta que pariu, leva para o diabo, para quem você quiser. De tudo que eu falei, ela tá preocupada com 'piranha'. É muito cabecinha fraca”, disse o homem.

Alexander Soares Diniz, chefe da Polícia Civil de Barbacena, disse em entrevista que o vídeo faz parte do inquérito e passará por uma análise técnica. A identidade do homem que discute com Rafaela não foi confirmada. O Sindep publicou uma nota dizendo que assédio e saúde mental são assuntos que preocupam o sindicato e que a orientação que eles dão é gravar casos de assédio para que isso possa ser combatido.

Fonte: Redação Nós
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