A poucos dias de sua coroação, Mary Elizabeth Donaldson atende hoje por Princesa Herdeira da Dinamarca e vem chamando a atenção de todo o mundo por ser abertamente feminista. E, assim como outra célebre princesa, Diana, tem origem plebeia e se tornou mais popular que o marido, Frederik - que como Charles é herdeiro direto do trono. Mary e o marido serão coroados rainha e rei respectivamente neste domingo, 14.
Australiana, Mary tem 51 anos e é filha de um matemático escocês e pesquisador da NASA e uma assistente executiva do vice-reitor da Universidade da Tasmânia. O casal migrou para a Austrália nos anos 1960.
Foi no país da Oceania que Mary conheceu o príncipe em um bar, quando ele estava por lá para as Olimpíadas de Sydney, em 2000, sem ter a menor ideia de suas origens reais.
A futura rainha da Dinamarca é bacharel em Direito e Comércio pela Universidade da Tasmânia e seguiu para pós-graduação em Publicidade e Propaganda, área na qual seguiu trabalhando em cidades como Melbourne, Sydney, Edimburgo, Paris e Copenhague, em algumas das maiores agências de publicidade do mundo.
Ao chegar finalmente à Dinamarca, foi contratada pela Microsoft Business Solutions com um projeto de consultoria para o desenvolvimento empresarial, comunicação e marketing e lá permaneceu por um ano, até pouco antes do seu noivado, em 2003.
Com o marido teve quatro filhos e agora, ao ser nomeada rainha após a abdicação no Ano Novo da Rainha Margrethe II, recebeu uma impressionante aprovação de 85% da população segundo uma pesquisa encomendada pela estação de rádio pública local, a DR.
Já o marido não pontua bem nas pesquisas, em especial depois dos rumores de um suposto caso com a socialite mexicana Genova Casanova, após um jornal publicar fotos deles juntos curtindo em uma festa em Madrid.
Trabalho social
Ao casar com Frederik, Mary passou a assumir compromissos reais e principalmente financiamentos de organizações sociais. Alguns exemplos são ações de apoio a imigrantes e refugiados e a campanha antibullying "Save the Children". Ela ainda é membro do Comitê Internacional de Mulheres Líderes para a Saúde Mental e em 2017 criou a Mary Foundation com foco em diversidade.
Em 2016, no Dia Internacional contra LGBTfobia, Mary fez um importante discurso sobre os direitos LGBTQIA+ em um fórum em Copenhague organizado pelo governo dinamarquês. Dois anos depois discursou pelos direitos da comunidade na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
Mary esteve no Brasil em 2012, quando foi ao bairro paulista de São Mateus para conhecer o projeto de Promotoras Legais Populares (PLPs) e a Casa Cidinha Copcak, que desenvolve ações de orientação e encaminhamento legal e assistência psicosocial às mulheres em situação de violência.