Polícia dos EUA captura Danilo Cavalcante, brasileiro que estava foragido

Condenado pela morte de ex-namorada, Danilo fugiu de prisão norte-americana escalando a parede

13 set 2023 - 09h40
(atualizado às 10h11)
Brasileiro que estava foragido é capturado pela polícia dos EUA
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A polícia dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 13, a captura de Danilo Cavalcante, brasileiro que estava foragido e alvo de uma grande operação de autoridades policiais do país desde que fugiu de uma penitenciária na Pensilvânia.

Danilo Cavalcante é preso
Danilo Cavalcante é preso
Foto: Reprodução

Danilo Cavalcante foi condenado a prisão perpétua pelo assassinato da ex-namorada. Durante a semana, ele chegou a ser visto por alguns moradores da região, que avisaram a polícia e relataram que o brasileiro estava armado. 

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Danilo Cavalcante é preso
Foto: Reprodução

No domingo, 10, a  polícia informou que ele foi flagrado por câmeras de monitoramento sem barba e usando uma van roubada para se locomover.

Danilo Cavalcante foi flagrado por uma câmera de segurança em frente a uma casa
Foto: Divulgação/U.S Marshals Service Philadelphia

As buscas por Danilo duraram 14 dias e tiveram início desde que ele fugiu escalando o muro da penitenciária de Chester. "Aos residentes da área são solicitados a trancar todas as portas e janelas, proteger os veículos e permanecer em casa. Não se aproxime", publicou a polícia no Twitter na ocasião.

Nesse período, a recompensa pela captura dele aumentou para US$ 25 mil, cerca de R$ 125 mil.

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Crime e condenação

Segundo o jornal americano Daily Local, o crime ocorreu em 2021, na cidade de Phoenixville, no Estado da Pensilvânia. Na ocasião, o brasileiro esfaqueou sua ex-namorada até a morte na frente dos filhos pequenos dela. Depois, fugiu do local em um carro e foi preso no dia seguinte em Virgínia, após receber ajuda de dois amigos que testemunharam no caso.

A irmã da vítima relatou à TV Globo naquele ano que Danilo não aceitava o fim do relacionamento e, desde de 2020, ano anterior ao crime, já ameaçava Débora. A brasileira morava no país há 5 anos, com seus dois filhos, frutos de outro casamento.

No dia 22 de agosto ocorreu o julgamento do brasileiro, que durou cerca de 20 minutos. Na ocasião, o homem apenas apresentou um pequeno pedido de desculpas. "Quero pedir desculpas a eles", disse Cavalcante ao se referir aos filhos de Débora, e a irmã dela, Sarah Brandão.

Apesar disso, o juiz Patrick Carmody afirmou a ele que suas ações desmentiam qualquer sentimento de remorso e que "se ele estivesse realmente arrependido se confessaria culpado, poupando a irmã e a filha da vítima de testemunharem".

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"Para você fazer com que [a menina] revivesse o assassinato de sua mãe foi uma decisão consciente sua. Foi uma decisão egoísta. Você pensou em si mesmo e não pensou naquelas crianças”, disse o magistrado.

A condenação determinada pelo juiz considerou as evidências apresentadas pela equipe de acusação da promotora distrital, o depoimento da filha de Débora - testemunha ocular do crime -, além de relatos de vizinhos que ajudaram a resgatar as crianças naquele dia.

Os defensores públicos que atuaram em sua defesa reconheceram a culpa dele diante do júri, mas argumentaram que ele agiu no "calor da paixão" e deveria ser considerado culpado por um crime de menor grau. O júri rejeitou a sugestão.

A defesa ainda argumentou que Cavalcante cresceu pobre no Brasil e também foi vítima de abusos. “Esses indivíduos muitas vezes cometem os mesmos crimes que testemunharam”, afirmou um dos promotores, alegando que o brasileiro começou a se associar com membros de gangues e tornou-se viciado em drogas e álcool.

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Segundo Deborah Ryan, promotora do caso, toda a família da vítima está sofrendo com a tragédia. Ela chamou as ações do brasileiro de “frias, calculistas e hediondas” e disse: "Ele não apenas assassinou Deborah Brandão brutalmente, mas também na frente dos dois filhos dela".

Segundo a promotora, o homem queria a ex-namorada morta porque ela havia ameaçado contar às autoridades que ele era procurado por assassinato no Brasil. “Se a senhorita Brandão fosse à polícia, ele teria sido denunciado. Ele fez isso para silenciá-la. Esta foi uma tragédia sem sentido e comovente. Ele a massacrou até a morte", lamentou.

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Fonte: Redação Terra
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