A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti investiga se o anestesista Giovanni Quintella Bezerra também cometeu abusos em ao menos outras 20 mulheres no Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, em Mesquita, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, o anestesista também dava plantão no local. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
A delegada Bárbara Lomba, que investiga o caso, disse ao jornal O Globo, que o médico "é um criminoso em série". "Pela repetição, são ações criminosas que observamos e, pela característica compulsiva das ações dele, podemos dizer que ele é um criminoso em série", disse.
Cela isolada
Giovanni Quintella foi preso na madrugada de segunda-feira após ser filmado cometendo estupro contra uma parturiente, e foi colocado em uma cela isolada no presídio de Bangu, na zona oeste do Rio. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio, o motivo é "garantir a integridade física" do anestesista.
O anestesista ficou inicialmente no Presídio de Benfica, na zona norte da cidade, mas foi transferido para a cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, após passar por audiência de custódia na terça-feira.
A TV Globo informou que, ao chegar ao Complexo de Gericinó, o médico foi alvo de protestos de presos, que começaram a sacudir as grades e a gritar contra o anestesista. Por causa disso, ele foi colocado em isolamento.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou a reportagem do Terra que a Fundação Saúde, gestora do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, instaurou sindicância para apurar a atuação do anestesista. A pasta também informou que o médico não é servidor do estado. Segundo nota, Giovanni prestava serviço para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas. As unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações. (* Com informações do Estadão Conteúdo)