Na sexta-feira (5), um policial branco foi condenado a 14 meses de prisão nos Estados Unidos pela morte de Elijah McClain, um jovem negro desarmado. A decisão foi proferida pelo juiz Mark Werner, do Colorado, que condenou o policial Randy Roedema por agressão de terceiro grau. Adicionalmente, impôs uma pena de quatro anos de liberdade condicional por homicídio por negligência.
McClain, de 23 anos, morreu em agosto de 2019, em Aurora, após ser estrangulado e receber uma injeção de cetamina na prisão. A abordagem policial ocorreu em resposta a uma chamada sobre uma pessoa suspeita usando máscara e caminhando "com uma atitude estranha". Um policial afirmou que McClain, que estava desarmado, tentou pegar a arma de outro policial, mas não há provas dessa alegação.
Segundo a família do jovem negro, ele saiu para comprar chá gelado e usava a máscara para se manter aquecido devido à anemia que sofria.
O juiz expressou consternação com a "verdadeira indiferença perante o sofrimento de Elijah McClain" por parte dos envolvidos.
A mãe da vítima, Sheneen McClain, elogiou durante um discurso a condenação, afirmando que a prisão é a única justiça respeitável que Randy Roedema merece. Embora três policiais tenham enfrentado acusações, apenas Roedema foi considerado culpado. Os paramédicos Peter Cichuniec e Jeremy Cooper, envolvidos no caso, foram condenados em dezembro passado por homicídio por negligência.
A morte de McClain precedeu o assassinato de George Floyd em Minneapolis, que desencadeou, em maio de 2020, uma reação nacional com protestos contra a brutalidade policial nos Estados Unidos, especialmente direcionados às minorias, principalmente os negros.
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