Um grande amante do futebol, James Brinning, que é gay, diz que não vai ao Catar assistir a Copa do Mundo por temer por sua segurança e por se preocupar com o tratamento que é dado às minorias LGBTQ+ na monarquia do Golfo Pérsico.
“Eu não consegui encontrar motivo algum para ir. Não só pelo aspecto de segurança pessoal da coisa, acho que isso foi o que menos importou. Foi mais... quando você pensa que há uma comunidade no Catar que passa todos os dias temendo por suas vidas, em um país tão repressivo quanto aquele. E esse grande evento vai chegar e por meio do esporte vai aliviar e as pessoas lá terão uma semana ou duas de descanso, sabe? Mas quando nós formos embora, e quando a Copa do Mundo for embora, vai tudo voltar ao normal e eu sinto que ir é uma coisa completamente errada de se fazer, para ser honesto. Então, nós vamos ver de casa".
A homossexualidade é ilegal no Catar, assim como em muitos países do Oriente Médio. A Fifa e os organizadores dizem que a comunidade LGBTQ+ é bem-vinda. “E deixe-me repetir claramente, todos serão bem-vindos no torneiro, não importam suas origens, antecedentes, religião, gênero, orientação sexual ou nacionalidade", garantiu Gianni Infantino, presidente da Fifa.
Mas para muitas pessoas, palavras não são suficientes.
“Sempre que temos um evento global de esporte no mundo, nós deveríamos garantir a segurança de todas as partes interessadas nesses eventos. E também levar em conta a situação local das pessoas LGBTIQ+ nesses países, porque também não é ok somente criar uma bolha para um evento esportivo quando sabemos que as pessoas do local estão sofrendo com as leis locais", declarou Lou Englefield, Campanha Futebol v Homofobia.
“Sei que muitos de nós tentariam mover os céus e a terra para tentar ir, mas nós simplesmente não nos sentimos seguros ou não queremos fazer parte disso, na verdade".