O técnico Cuca comentou sobre os casos de Daniel Alves e Robinho, ambos condenados por abusos sexuais fora do País. Em entrevista à imprensa, o comandante do Athletico Paranaense afirmou que seria mais um no movimento contra a violência às mulheres.
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Para a coluna do jornalista Diogo Dantas, o treinador, que teve anulado seu caso de abuso contra uma adolescente, não quis fazer juízo de valor sobre os casos dos brasileiros.
"Meu processo foi anulado, mas nem por isso - ou muito menos por isso - me sinto à vontade em comentar esse tema. No entanto, nas minhas reflexões, e durante minha última coletiva, eu disse, e continuo dizendo, que o silêncio é uma forma de covardia. Robinho e Daniel Alves foram jogadores de máxima excelência. Eu os admirei em campo. Atleticamente, foram grandes. Já fui treinador dos dois", iniciou ele.
"No campo jurídico, cabe à Justiça julgar e dar o veredito. E a nós, cumprirmos. No campo moral, o jogo é outro. Nesse campo moral, me restou o que entendo como um privilégio, que é o de poder buscar alguma forma de ajudar na transformação. Como? Falando sobre o assunto, me educando, buscando e propondo informação e conhecimento, criando e participando de ações efetivas fora e dentro do campo", continuou.
"Vivemos um tempo histórico onde nós homens precisaremos reconstruir o que é ser homem e combater de uma vez por todas qualquer violência contra a mulher. Eu estou só começando a fazer isso, e no momento em que eles estiverem quites com a Justiça eu estarei pronto para, se quiserem, repassar a eles o que eu tiver aprendido até lá. E com isso inspirarmos a garotada com bons exemplos. Porque, apenas com gols e títulos, não é mais suficiente", concluiu.
Robinho foi preso no litoral de São Paulo pela Polícia Federal e vai cumprir pena de nove anos de prisão por estupro na Itália.
Enquanto isso, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de estupro. Mas a Justiça espanhola divulgou que o jogador pode aguardar a decisão do recurso em liberdade desde que pague R$ 5,4 milhões (1 milhão de euros) à Corte.