O prefeito de Carolina, no Maranhão, Erivelton Teixeira Neves (PL), e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL), são acusados de fazer aborto sem o consentimento da vítima em um motel de Augustinópolis, em Tocantins. O caso ocorreu em 2017, contra uma mulher com quem o prefeito tinha um relacionamento extraconjugal.
De acordo com o Ministério Público (MP), as investigações apontam que o crime ocorreu no dia 2 de março de 2017, quando Neves, que é médico de formação, levou a vítima para um motel. No local, após constatar que ela estava grávida por meio de ultrassonografia, utilizando um aparelho portátil, ele a dopou com medicação intravenosa, até que perdesse a consciência, e realizou uma curetagem sem o consentimento dela.
Após o procedimento, ele teve o auxílio do seu então motorista Nascimento para deixar a vítima em casa. O caso foi denunciado à Polícia Civil de Tocantins, que contou com o auxílio do Ministério Público do Maranhão e do Tocantins.
Agora, ambos são formalmente acusados por provocarem aborto sem consentimento da gestante. Ainda segundo o MP, eles respondem à ação penal sem foro especial por prerrogativa de função, uma vez que o ato teria sido praticado antes da posse nos cargos.
O Terra tentou localizar a defesa de ambos, mas, até o momento, não conseguiu. O espaço segue aberto para manifestações.