O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou neste sábado (20), após o goleiro francês Mike Maignan, do Milan, ter sido alvo de racismo durante o jogo com a Udinese, pelo Campeonato Italiano. A partida chegou a ser interrompida por alguns minutos e o episódio gerou uma resposta ríspida de Infantino.
Buscando uma tolerância zero nos casos de discriminação dentro do futebol, o presidente da Fifa defendeu a "derrota automática" para o time cujos os torcedores cometerem atos de racismo durante o jogo e que tais ações causem a interrupção do partidas.
Infantino também citou outro caso de racismo, mas desta vez ocorrido na cidade de Sheffield, na Inglaterra. Para o mandatário da Fifa, o necessário agora é ter cada vez menos tolerência com episódios semelhantes dentro do futebol.
No jogo válido pelo Campeonato Italiano, o Milan acabou vencendo a Udinese pelo placar de 3 a 2. O gol da vitória foi marcado por Noah Okafor, já nos acréscimos do compromisso disputado na cidade de Udine.
Confira o comunicado de Infantino neste sábado:
"Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação - tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!"