Presidente do STJ assina ofício para o cumprimento da prisão de Robinho

Decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura foi assinada nesta quinta-feira, 21

21 mar 2024 - 17h00
(atualizado às 18h18)
Foto: Reprodução de vídeo - Legenda: STJ votou em maioria pela homologação da sentença de Robinho no Brasil / Jogada10

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou, nesta quinta-feira, 21, que a Justiça Federal cumpra a prisão de Robinho. O ofício que determina a prisão do brasileiro condenado por estupro na Itália foi assinado pela presidente da Corte, a ministra Maria Thereza de Assis Moura. O Terra confirmou a decisão junto à Corte. 

O advogado José Eduardo Alckmin, que representa o ex-jogador Robinho, afirmou à coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, que o atleta "não vai se opor" à prisão.

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De acordo com o STJ, um comunicado sobre a decisão foi encaminhado à Justiça Federal de Santos (SP) para o cumprimento da prisão, acompanhado de uma cópia da certidão do julgamento e da decisão traduzida da Justiça italiana. A expectativa é de que a prisão de Robinho ocorra nos próximos dias

"Comunico a Vossa Excelência que a Corte Especial, na sessão de  20 de março de 2024, ao apreciar a HDE n. 7.986/IT, por maioria, deferiu o pedido de homologação de decisão estrangeira, com determinação de ciência imediata a esse Juízo, a fim de que se inicie, de imediato, a execução de sentença  condenatória, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Tão logo seja publicado o acórdão, a carta de sentença será enviada a esse juízo", determinou a ministra em ofício obtido pelo Terra

Na quarta-feira, 20, os magistrados do STJ homologaram a sentença da Justiça italiana, que condenou o ex-jogador a nove anos de prisão. A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado. O placar do julgamento foi de nove ministros favoráveis e dois contrários à decisão. 

O STJ também decidiu que Robinho deve ser imediatamente preso, divergindo de outra ala que argumentava que a prisão deveria ocorrer somente após o trânsito em julgado, ou seja, após esgotados todos os recursos. 

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Segundo os ministros, Robinho deve ficar em regime fechado devido o crime ser considerado grave e ter pena maior que oito anos. As questões relacionadas à progressão do regime de pena deverão seguir as normas da Lei de Crimes Hediondos e da Lei de Execução Penal brasileiras.

Recursos da defesa

Por sua vez, os advogados do ex-jogador entraram com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que ele seja preso após a decisão do STJ. Eles argumentam que a decisão da corte brasileira viola a jurisprudência do STF que prevê a prisão somente após a conclusão de todos os recursos e afirma que o Supremo pode rever a decisão do STJ.

Na Suprema Corte, o responsável por analisar o pedido de habeas corpus de Robinho será o ministro Luiz Fux, apontado para o caso nesta quinta-feira. 

Ao STJ, a defesa apresentará um recurso apontando as possíveis contradições e omissões da decisão da Corte Especial. Além disso, ainda podem solicitar que os ministros esclareçam o que foi definido.

O prazo para o recurso ser apresentado é de cinco dias após a publicação do acórdão, a decisão colegiada dos ministros. O Ministério Público Federal deve ser ouvido antes da apreciação do recurso na Corte Especial.

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A defesa também pode apresentar um recurso extraordinário contra a decisão, apontando uma ofensa à Constituição para ser admitido. Os representantes do ex-jogador argumentaram que a homologação da sentença da Justiça da Itália viola a Constituição.

No entanto, esses mecanismos jurídicos podem ser utilizados apenas para questionar questões relacionadas ao julgamento de quarta-feira e não aos fatos em si, os quais já foram julgados pela Justiça italiana. 

Crime de estupro no Brasil

No Brasil, o artigo 213 do Código Penal classifica estupro como “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena é de 6 a 10 anos de prisão, podendo chegar a 12 anos se a vítima tiver entre 14 e 18 anos de idade.

Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada. Saiba mais sobre como denunciar aqui.

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STJ forma maioria para que Robinho cumpra pena por estupro no Brasil
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Fonte: Redação Terra
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