Professora denuncia importunação sexual durante voo: “Estava se masturbando ao meu lado”

A vítima conta que o comissário de bordo não acreditou nela e que a empresa aérea não prestou nenhum amparo

25 ago 2023 - 15h17
(atualizado às 15h21)
Professora é vítima de importunação sexual dentro de avião quando voltava de viagem
Professora é vítima de importunação sexual dentro de avião quando voltava de viagem
Foto: Reprodução/Instagram/mestra_brisa

Na última quarta-feira, 22, a pós-doutora em Nutrição e professora universitária Carol Magalhães denunciou um caso de importunação sexual que sofreu em voo com destino a São Paulo através de postagem em sua rede social. A professora conta que o crime aconteceu no avião da companhia aérea Emirates, no dia 8 de agosto, quando voltava de viagem com o marido.

Carol afirma também que o comissário do voo não tratou a situação com seriedade. “Fiz reclamação ao comissário de bordo da empresa de transportes aéreos de um passageiro que estava se masturbando ao meu lado. O comissário de bordo pôs em dúvida o referido episódio” afirmou em postagem.

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A vítima relatou que o profissional da empresa aérea deu mais importância ao nervosismo do seu marido, que estava muito irritado, do que à queixa de importunação sexual. “Ainda exigiu [o comissário de bordo] que eu mantivesse distância e total ausência de contato com o referido importunador durante as 8h restantes de voo”, contou Carol na publicação.

Carol Magalhães afirmou que quer a reparação da companhia aérea, que não prestou nenhum apoio. Ela relata que seu emocional foi ignorado pela Emirates.

“Quero retratação e reparação da empresa Emirates, pois absurdos como estes são ignorados ou nos impõem situações de tamanha vulnerabilidade, naturalização e invisibilidade”, alegou. 

Por fim, a docente disse que a sua denúncia é também para reforçar a luta feminina contra crimes como estes. “Espero que estas declarações encontrem eco e força nos inúmeros casos de mulheres caladas e invisibilizadas em situações semelhantes de abuso e expressão do machismo estrutural que nos ronda e aprisiona", concluiu.

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Segundo o Uol, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal e, em nota, a companhia aérea diz que não houve denúncia sobre o caso registrado na empresa. “Até o presente momento a Emirates não recebeu nenhum tipo de pedido da passageira ou das autoridades brasileiras, mas permanece à disposição para fornecer qualquer informação ou esclarecimento sobre os fatos alegados". A companhia Emirates também afirma  que prioriza a segurança e o bem-estar dos passageiros.

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Fonte: Redação Nós
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