Professora que morreu após comer coxinha foi envenenada, segundo a perícia; marido foi preso

Foram encontrados vestígios de pesticida e raticida no corpo de Joice dos Santos Silva Cirino, de 36 anos

18 out 2024 - 17h53
(atualizado às 18h08)
Joice Alves dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, teria passado mal após comer a coxinha
Joice Alves dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, teria passado mal após comer a coxinha
Foto: Reprodução/TV Gazeta

A perícia de Alagoas encontrou vestígios de pesticida e raticida no corpo da professora Joice dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, que morreu após comer uma coxinha dada pelo marido. Nesta sexta-feira, 18, a Polícia Científica alagoana confirmou o envenenamento da vítima, na cidade de São Brás.

Apenas o conteúdo estomacal de Joice foi analisado pela perícia, uma vez que o restante da coxinha foi descartado pelo marido da vítima, segundo a polícia. A principal linha de investigação é de que o suspeito tenha colocado veneno no alimento, já que a professora passou mal após comer o salgado. 

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"Foram encontradas duas substâncias classificadas como altamente tóxicas, ambas são de comércio proibido em território nacional. Só esse ano foram três casos [de mortes em Alagoas] com essa mesma substância; no ano passado foram seis mortes. É preciso ter uma fiscalização para o uso irregular dessa substância", afirmou o perito criminal Thalmanny Goulart à TV Gazeta, afiliada da TV Globo em Alagoas. 

O marido de Joice foi preso na manhã de quarta-feira, 16, na casa de uma tia, no bairro Baixo São Francisco, em São Brás. O suspeito de 36 anos negou ter cometido o crime, mas deverá ficar preso preventivamente.

Para o delegado Rômulo Andrade, responsável pelo caso, foi comprovado cientificamete que houve crime e que a professora foi morta por envenenamento. "O trabalho do inquérito policial é provar que o marido dela, que é a nossa principal linha de investigação, cometeu esse feminicídio". 

Joice passou mal logo após comer o salgado. A coxinha também foi oferecida ao filho, mas a criança não chegou a comer. A professora foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto Real do Colégio, cidade vizinha. Ela, no entanto, não resistiu e morreu na unidade. 

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A equipe médica, então, chamou a polícia por suspeita de morte por envenenamento. A irmã da vítima afirmou à polícia que Joice já havia alertado que temia ser envenenada pelo marido. 

"Um lanche que ele levou para casa, inclusive, que ele ofertou não só somente a ela, mas ao filho também. Ele simplesmente comprou e ofertou para os dois. Ela comeu e passou mal, e graças a Deus, o menino optou por comer uma sopa que ela tinha preparado. Existem áudios dela. Ela me informava, 'Luana, se eu passar mal, foi ele que me trouxe, ele me deu esse açaí. Ele me deu isso aqui para comer'", disse a irmã da vítima, Maria Luana Alves.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

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Fonte: Redação Terra
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