Putin acrescenta Movimento LGBT internacional à lista de terroristas

A decisão foi anunciada após a Suprema Corte, em novembro, declarar o movimento "extremista", proibindo efetivamente o ativismo LGBTQIA+

22 mar 2024 - 12h42
(atualizado às 15h54)

O órgão de fiscalização financeira da Rússia acrescentou nesta sexta-feira (22) o que chama de "movimento LGBT internacional" à sua lista de indivíduos e entidades "terroristas e extremistas", de acordo com um documento do serviço de inteligência financeira visto pela AFP.

A decisão foi anunciada após a Suprema Corte, em novembro, declarar o movimento "extremista", proibindo efetivamente o ativismo LGBTQIA+ no país.

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A lista a qual o movimento foi adicionado é mantida pelo Serviço Federal de Monitoramento Financeiro (Rosfinmonitoring), órgão responsável pelo combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Países onde a homossexualidade é crime Países onde a homossexualidade é crime

O órgão com poderes para congelar contas bancárias de entidades específicas mencionadas nas listas.

Segundo a Reuters, os poderes abrangem mais de 14 mil pessoas e entidades, que vão desde a al-Qaeda até a empresa americana Meta, além de associados a Alexei Navalny, dissidente que morreu em uma prisão no Ártico, aos 47 anos.

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A lista, citada pela agência RIA, incluiu agora o "movimento social LGBT internacional e suas divisões estruturais".

"Extremismo" LGBT

Na quarta-feira, as autoridades anunciaram, por exemplo, que os gerentes de um bar na região dos Urais, detidos provisoriamente por "extremismo LGBTQIA+", agora podem pegar até dez anos de prisão por "extremismo" LGBT, foram mantidos sob custódia.

De acordo com a promotoria, "durante a investigação, descobriu-se que os réus, pessoas de orientação sexual não tradicional (...) também apoiam as opiniões e atividades da associação pública internacional LGTB, que é proibida em nosso país".

Esse é o primeiro caso criminal nesse sentido, embora vários cidadãos russos tenham sido condenados nas últimas semanas a multas por publicar fotos com bandeiras do arco-íris ou, no caso de duas mulheres, por publicar um vídeo delas se beijando na Internet.

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