Edilson Barbosa dos Santos, suposto mecânico que lidou com o carro utilizado por Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, em 2018, foi preso pela Polícia Federal, juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), nesta quarta-feira (28).
Também chamado de Orelha, ele era conhecido de Lessa e Élcio Queiroz e, segundo a delação deste, os ajudou a se desfazerem do GM Cobalt prata filmado no ato do assassinato. Com isto, o Gaeco o acusa de impedir a investigação.
Queiroz afirma que Orelha tinha uma agência de automóveis e já supervisionou um ferro velho. O ex-PM também revelou que o mecânico foi acionado pelo bombeiro envolvido no assassinato, Maxwell Simões Corrêa e, dois dias depois, foi levado até o carro por Queiroz e Lessa. "Ronnie foi falar que era para dar um sumiço no carro, e o Orelha cortou e disse que o Maxwell [Suel] já havia explicado a ele [Orelha] e que ele [Orelha] não queria saber de nada", disse.
A delação de Élcio Queiroz também detalha o "pavor" que Orelha tinha de Ronnie Lessa, e que nunca soube realmente se o veículo foi desmanchado ou destruído. "Quando eu perguntei pra o Orelha se havia dado sumiço no carro, ele me cortava e desconversava".