"Quer ser meu escravo?": mãe denuncia racismo contra filho em escola de SP

Patrícia Santos publicou um vídeo nas redes sociais e conta que não é a primeira vez que seus filhos sofrem racismo na escola

28 mar 2023 - 18h03
(atualizado em 30/3/2023 às 15h17)
Patrícia Santos fez uma denúncia na escola após o filho sofrer racismo
Patrícia Santos fez uma denúncia na escola após o filho sofrer racismo
Foto: Reprodução/Instagram

Patrícia Santos, uma executiva de RH e especialista em gestão de pessoas, publicou um vídeo nas redes sociais denunciando o racismo que seu filho sofreu na escola. Na ocasião, uma outra criança disse ao menino: "Você não quer ser meu escravo? Deveria ser meu pet".

O filho de Patrícia contou a ela e, então, a executiva usou as redes sociais para falar sobre o assunto. Ela disse que não é a primeira vez que seus filhos sofrem racismo em uma escola de São Caetano do Sul, em São Paulo, e que já chegou a entrar em contato com a escola e com a Secretaria de Educação para cobrar medidas de combate ao racismo.

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"Gente, aconteceu de novo… Mais um caso de racismo na escola dos meus filhos. Dessa vez, uma criança branca falou para um deles: ‘Você não quer ser meu escravo?’, em um tom de ‘brincadeira’. Lá fui eu falar com a escola sobre um currículo antirracista na prática, sobre ferramentas de repertório pros meus filhos, que são negros, e para os brancos. Para terem respeito, para que a educação seja de fato antirracista e a gente possa cumprir a Lei 10.639 de ensino e educação para as relações etnico raciais", disse Patrícia.

A executiva fez uma denúncia na escola e também nos órgãos de Justiça de São Caetano do Sul. "Tenho exigido da Secretaria de Educação um projeto pedagógico antirracista, e não só sugestões para os professores de como fazer para lidar com o tema. Não é vitimismo! Não inventamos o racismo, mas vivemos diariamente e queremos dar um basta", disse ela em outras publicações.

Em nota enviada ao Terra NÓS, a Prefeitura de São Caetano do Sul disse que a mãe foi chamada na escola para conversar sobre o ocorrido. "A Prefeitura de São Caetano do Sul repudia qualquer ato de racismo. Reitera, ainda, que já existe uma política antirracista na rede municipal de ensino e os profissionais são capacitados permanentemente para implementá-la. A mãe foi chamada ao diálogo na escola, visando o acolhimento e a garantia de direitos do aluno".

Fonte: Redação Nós
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