Lia Thomas venceu uma liga universitária americana e se tornou a primeira mulher trans campeã de uma prova da NCAA. Após a conquista da esportista, uma imagem gerou muita repercussão nos Estados Unidos. Emma Weyant, Erica Sullivan e Brooke Forde, rivais de Lia na prova, se juntaram para tirar uma foto juntas e acabaram excluindo a nadadora campeã.
A imagem causou muita polêmica. Apesar da foto ter sido interpretada por muitas pessoas como um protesto contra a nadadora trans, Erica Sullivan fez questão de desmentir esses boatos nas redes sociais.
- Ser submetida a falsas alegações na mídia conservadora devido a esta foto com minhas amigas de Tóquio não é algo que acontece todos os dias. Como a foto ainda está circulando, achei que seria mais fácil postar a foto pretendida junto com outra foto minha apertando a mão de Lia depois de sua INCRÍVEL prova de 500 jardas livre. Realmente não poderia ter passado por esse caos sem minha incrível equipe que me defendeu quando senti que estava sendo deturpada e trabalhando tão duro quanto eles para me motivar a fazer o meu melhor pelo Texas. Também agradeço à minha namorada incrível que editou meu artigo com a Newsweek apoiando Lia. Não teria sido capaz de soar tão eloquente ou poderosa sem sua mente e voz incríveis - publicou Erica.
Poucas pessoas aplaudiram Lia quando conquistou a prova. A nadadora chegou a ser criticada por torcedoras que não concordavam com sua inscrição e participação na competição.
Além de torcedoras, algumas competidoras também não aprovaram a participação de Lia. A nadadora húngara Reka Gyorgy, que foi 17ª colocada na prova, escreveu uma carta aberta para a NCCA e afirmou que perdeu a prova por causa de um "atleta masculino".
Existia uma expectativa de que Lia conseguisse quebrar o recorde das 500 jardas livre que pertence à Katie Ledecky. No entanto, a esportista não conseguiu alcançar essa marca.
Lia Thomas está cumprindo seu último ano da Universidade da Pensilvânia. Chegou a competir por três anos na equipe masculina. Após passar pelo período de mudança de gênero, tornou-se apta para competir em eventos femininos.
A competidora precisou ficar cerca de um ano tratando de supressão de testosterona. As regras pedem que a atleta trans tenha no máximo 5 nmol/L durante três anos, sendo que mulheres cisgênero possuem em média 0,21 e 3 nmol/L. Por causa disso, Lia não poderia ter recordes homologados e não é considerada uma nadadora federada.