Robinho terá seu pedido de prisão no Brasil julgado pelo STJ nesta quarta-feira, 20. Ele foi condenado em primeira instância na Itália por estupro coletivo em 2013.
Antes do julgamento de seu caso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta-feira, 20, o ex-jogador de futebol Robinho fez uma rara publicação em seu perfil no Instagram, com um vídeo em que diz que irá contar sua versão dos fatos. No domingo, ele já havia concedido entrevista à TV Record, em que afirmou não ter cometido estupro em 2013, e disse que tem provas. Apesar da declaração, ele não apresentou as evidências.
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O STJ julga o pedido da Justiça italiana para que Robinho cumpra pena de prisão no Brasil. Ele foi condenado a 9 anos de reclusão em todas as instâncias na Itália por estupro coletivo ocorrido em 2013. No Brasil, a Justiça não irá julgar se ele cometeu o crime ou não, apenas o local onde será cumprida a pena.
Robinho evitou fazer comentários sobre o caso em suas contas pessoais na internet. Desde 2022, ele fez poucos posts, sendo a maioria fotos com a esposa e a família, e o mais recente, uma foto em homenagem a Pelé após a morte do rei.
Em entrevista à TV Record, Robinho disse publicamente que não cometeu o estupro e que tinha provas, mas não apresentou nenhuma delas. No vídeo postado no Instagram, ele mostra mensagens supostamente da vítima, e falou que seu DNA não estava no vestido que ela usava na noite do crime. Ele também falou que a mulher estava consciente.
A declaração é contrária ao que ele mesmo declarou em áudios divulgados anteriormente pelo portal UOL. Neles, Robinho diz que a mulher estava “extremamente embriagada” quando foi vítima de estupro.
Em Santos, onde mora o ex-jogador, ele parou de frequentar a praia, onde tinha o hábito de jogar futevôlei, e também não compareceu mais aos jogos da Portuguesa Santista. Robinho esteve em um churrasco no CT do Santos para comemorar a vitória do time sobre o São Bernardo, pelo Paulistão. Segundo o Santos FC, ele estava apenas acompanhando o filho, que treina no clube.
Entenda o caso
Robinho e outros cinco amigos foram denunciados por estuprar uma mulher albanesa em 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, só Robinho e Ricardo Falco foram condenados pela Justiça.
Os outros envolvidos no crime deixaram a Itália durante as investigações e não foram encontrados pelas autoridades para serem notificados para participar da audiência preliminar, no dia 31 de março de 2016. O juiz decidiu reparar os casos individualmente.
Em 2014, Robinho admitiu que teve relações com a vítima e negou qualquer tipo de violência sexual. Ele foi condenado em primeira instância e acertou o retorno ao Santos em seguida, em 2020. O contrato foi suspenso após pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
Em 2022, Robinho foi condenado a cumprir 9 anos de prisão pela Justiça da Itália. Ele não foi preso por ter voltado ao Brasil, e como a Justiça brasileira não extradita seus cidadãos, foi pedido que ele cumpra a pena no país de origem.
O STJ irá julgar o pedido da Itália para que ele seja preso no Brasil nesta quarta-feira, 20. Caso o pedido seja acatado, ele será preso imediatamente, mas ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Há a possibilidade do julgamento não terminar ainda hoje, pois é possível que algum ministro peça vista, e o julgamento ser suspenso e retomado dentro de 60 dias corridos, que podem ser prorrogados por mais 30.