Preso há sete meses na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, tem uma rotina bastante ‘cheia’. O atleta cumpre pena de nove anos pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa na Itália.
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Desde que foi liberado do isolamento, ele pode tomar banho de sol, praticar exercícios e fazer cursos dentro da unidade prisional. Robinho está preso desde 21 de março deste ano, e nos primeiros dias, ficou isolado dos demais detentos em uma cela 8m².
No dia 31 daquele mesmo mês, ele passou para o convívio comum, conforme a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), e passou para uma cela com dimensões de 2x4m em companhia de outro detento.
Desde então, ele pode receber visitas aos finais de semana, das 8h às 16h, a depender da escolha dos visitantes. Além disso, Robinho tem acesso a atividades educativas e esportivas, como partidas de futebol, oficinas de teatro e inglês, ações religiosas, ensaios musicais, sessões de filmes com comentários, e cursos do Programa de Educação para o Trabalho - PET, oferecido pela Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap) e módulo Finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O ex-jogador também está inscrito em uma lista que organiza as vagas de trabalho ofertadas na penitenciária, mas para ser selecionado, é levado em consideração a ordem cronológica de data de ingresso na unidade e formação do detento.
Por lei, os presos têm o direito de diminuir sua sentença por meio de estudo e trabalho realizados enquanto estão na prisão. No entanto, a SAP destaca que a remição de pena por essas atividades tem que ser deferida pelo Poder Judiciário.
Série documental
Estreou nesta quarta-feira, 30, a série documental O Caso Robinho, da Globoplay, que trouxe à tona detalhes da investigação criminal que resultou na condenação do atleta por estupro coletivo. Nela, são exibidos depoimentos da vítima, que falou pela primeira vez sobre o caso, além de jornalistas e autoridades.
Caso Robinho
Robinho foi condenado na Itália pelo crime de estupro coletivo, cometido em 2013, quando ainda jogava no Milan. Em 2022, ele foi condenado em última instância a 9 anos de prisão, mas como não estava mais no país, ele não foi preso.
Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho deve cumprir a pena no Brasil. Após a decisão, o pedido de prisão imediata foi expedido e, desde então, o ex-jogador cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé (SP).
No Brasil, o artigo 213 do Código Penal classifica estupro como “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena é de 6 a 10 anos de prisão, podendo chegar a 12 anos se a vítima tiver entre 14 e 18 anos de idade.