O ex-atacante Robinho recebeu liberação para disputar partidas de futebol na penitenciária com outros detentos, na Penitenciária 2 de Tremembé. A situação é comum em sistemas carcerários pelo mundo. Afinal, Daniel Alves e Ronaldinho Gaúcho passaram por cenário semelhante quando cumpriam suas penas em cadeias da Espanha e Paraguai, respectivamente.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o ex-jogador teve aval para participar de algumas práticas dentro da penitenciária. Entre elas, campeonatos e partidas de futebol, aulas de inglês, oficinas de teatro, entre outras. A propósito, ele cumpriu o período inicial de isolamento e, atualmente, divide a cela com outro preso.
Robinho, aliás, teve aprovação para trabalhar dentro da cadeia. Isso desde que ele respeite as exigências estabelecidas pelo Centro de Trabalho e Educação da penitenciária. Além disso, o ex-atacante terá condições de receber a visita de seus familiares nos finais de semana. Para isso, eles terão que apresentar documentação necessária.
A Penitenciária 2 de Tremembé ganhou o apelido de "presídio dos famosos". Afinal, o local abriga criminosos responsáveis por casos impactantes e de grande repercussão nacional e internacional. São os casos de Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves, Gil Rugai, entre outros.
Relembre a condenação
A Justiça italiana condenou Robinho a nove anos de prisão por estuprar uma mulher albanesa em uma boate em Milão, junto a outros cinco homens. A infração ocorreu em 2013, quando o jogador era um dos destaques do Milan. No entanto, a confirmação da punição veio nove anos depois. Após julgamento da mais alta corte na Itália, qualquer possibilidade de recurso do ex-atacante foi extinta.
Apesar da sentença que recebeu no país europeu, Robinho levava vida comum no Brasil. Ele, aliás, vivia em Santos, no litoral de São Paulo, e esteve presente em um churrasco do elenco do Alvinegro Praiano, no fim de fevereiro. Diversos jogadores que integram o grupo do Peixe tietaram a revelação e ex-astro da equipe.
A Itália solicitou que o Brasil enviasse Robinho ao país para que ele cumprisse a pena na Europa. Contudo, a Constituição nacional não permite a extradição de brasileiros natos. Assim, o governo italiano solicitou que a sentença dada no país fosse homologada e cumprida no Brasil.
Posteriormente, em votação, o STJ concordou que Robinho cumpra a pena de nove anos de prisão que recebeu na Itália, no dia 20 de março de 2022. Por sinal, a sanção, à princípio, deve ser exercida em regime fechado.
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