Rogério Caboclo, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), se livrou da última acusação por assédio sexual à qual ainda respondia. O processo transitou em julgado e foi baixado nesta terça-feira pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O dirigente chegou a responder por outras duas acusações, das quais foi inocentado no ano passado. Todas envolviam funcionárias que trabalhavam na CBF durante sua gestão.
De acordo com a assessoria de imprensa de Caboclo, "não há mais pendências judiciais em relação a estas denúncias, que acabaram sem nenhuma condenação". Em 2022, também foi revertida uma denúncia de assédio moral, feita junto à Comissão de Ética da CBF por Fernando França, então diretor de tecnologia da informação da CBF. Mais tarde, Fernando retirou as acusações por meio de uma carta de retratação.
Eleito presidente da CBF em abril de 2018, Rogério Caboclo tomou posse no ano seguinte para um mandato de quatro anos. Caboclo foi afastado do comando da entidade temporariamente em junho de 2021 e , de forma definitiva em fevereiro de 2022. Então, Ednaldo Rodrigues foi eleito como novo presidente da entidade para mandato de quatro anos.
Uma ex-funcionária que denunciou Caboclo por assédio moral e sexual disse que ele chamou-a de "cadela" e tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, conforme informado pelo GE na época. Em outra oportunidade, perguntou se ela se masturbava. Durante reunião com outros dirigentes da CBF, o presidente teria inventado relacionamentos da funcionária com pessoas ligadas à entidade.
Segundo a reportagem, a vítima afirmou que, durante todas essas condutas, Caboclo estava embriagado. Ela disse ainda que ele a orientava a esconder garrafas de bebida na entidade, para que Caboclo consumisse durante o expediente. A mulher, que não teve seu nome divulgado, diz ter sido vítima de várias condutas abusivas de Caboclo, desde abril de 2020. Outras duas funcionárias também o acusaram de assédio sexual.