O ex-jogador Ryan Giggs, ídolo do Manchester United, time no qual também trabalhou na comissão técnica, foi inocentado de acusações de violência doméstica após os procuradores responsáveis desistirem do caso. Ele deveria passar por um segundo julgamento no dia 31 de julho para responder às denúncias de "comportamento controlador e coercitivo" feitas por sua ex-namorada, Kate Greville.
Segundo Greville, os atos de violência, direcionados a ela e à sua irmã mais nova, teriam sido praticados entre agosto de 2017 e novembro de 2020. O galês de 49 anos passou por um julgamento de quatro semanas ao longo de agosto do ano passado e negou as acusações. Ao fim do processo, o júri não chegou a um veredicto, por isso um novo julgamento foi marcado.
Nesta terça, duas semanas antes da data estabelecida para o caso voltar à pauta, o procurador Peter Wright disse ao Tribunal de Manchester que não haveria como levar as denúncias adiante porque Greville "indicou relutância" em depor porque a participação no primeiro julgamento "cobrou um preço" para ela e sua irmã.
Wright afirmou que não há um "prospecto realista" de condenação em relação à denúncia de comportamento controlador e coercitivo. Também revelou que não era mais do interesse público processar as outras acusações de agressão a Greville e sua irmã. "Esta decisão não foi tomada com facilidade", disse.
Chris Daw, advogado da defesa, disse que o ex-jogador está "profundamente aliviado porque a acusação finalmente chegou ao fim depois de quase três anos em que ele lutou para limpar seu nome". Quando a denúncia veio à tona, Giggs trabalhava como treinador da seleção do País de Gales e teve de pedir afastamento, cinco meses antes da Copa do Mundo do Catar.