Sete novos processos foram abertos contra o rapper e produtor Sean "Diddy" Combs no fim de semana, com acusações que envolvem abuso sexual e tráfico humano. Um dos casos alega que o artista, acompanhado de um casal de celebridades não identificadas, teria drogado e estuprado uma adolescente de 13 anos.
Cinco processos foram movidos pelo escritório Buzbee Law Firm, liderado por Tony Buzbee, em Nova York. Além disso, outros dois processos foram abertos em Las Vegas e Los Angeles.
Denúncia da menor
O processo da mulher, que tinha 13 anos no momento do ato denunciado, foi obtido pela revista Variety, que o detalhou nesta segunda-feira (21/10). A ação descreve que o crime teria ocorrido em 7 de setembro de 2000, após a jovem tentar entrar em uma festa após a premiação da MTV, Video Music Awards (VMA). A vítima relata que, após abordar um motorista de limusine, que supostamente trabalhava para Combs, foi levada a uma festa onde assinou um acordo de confidencialidade e aceitou uma bebida. "Comecei a me sentir tonta" e, ao tentar se recuperar em um quarto, foi atacada por Combs e duas outras celebridades. Segundo o depoimento, "uma celebridade masculina" teria estuprado a jovem enquanto "uma celebridade feminina" observava. Em seguida, a vítima afirma ter sido abusada por Combs enquanto os outros assistiam.
Detenção e novas acusações
Combs foi preso em 16 de setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão e outros crimes. Ele se declarou inocente, segue negando as acusações e aguarda preso o julgamento, previsto para 5 de maio de 2025, em Nova York.
Entretanto, o número de processos contra o rapper vem aumentando desde sua prisão. No início do mês, mais de 120 pessoas prestaram novas acusações contra Combs, incluindo casos que datam de 1991 e envolvem tanto homens quanto mulheres. Alguns desses relatos, conforme divulgado pelo advogado Tony Buzbee, envolvem menores de idade de ambos os sexos.
Buzbee afirmou que várias empresas e figuras importantes da indústria do entretenimento sabiam dos crimes, mas se beneficiavam financeiramente ao manter o silêncio. Esses detalhes foram incluídos nos documentos do processo.
Nos anos 2000, Combs era conhecido por organizar festas regadas a álcool e drogas, que duravam dias e contavam com a presença de diversas celebridades. Tais eventos, denominados "freak-offs", foram descritos pela promotoria como "maratonas sexuais".
Defesa contesta acusações
Os advogados de Combs, liderados por Marc Agnifilo, pediram ao juiz do caso que emitisse uma ordem de silêncio para as vítimas e seus representantes legais, devido ao que classificam como tentativas de "assassinar o caráter do sr. Combs na imprensa". Agnifilo se opôs a acusações que incluem alegações de abuso infantil e solicitou que os promotores revelem se permitiram tais declarações.