Senado aprova lei do marco temporal de terras indígenas: veja como votou cada senador

Em gesto de confronto à decisão do STF, que já decidiu que a tese é inconstitucional, Senado aprovou o marco temporal nesta quarta-feira, 27

27 set 2023 - 20h12
(atualizado em 28/9/2023 às 09h49)
Texto agora vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Texto agora vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

O Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira, 27, por 43 votos a 21, o projeto de lei que institui o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. A aprovação do texto acontece no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento que decidiu que a tese é inconstitucional e fere o direito dos povos originários. Esse princípio estabelece que só podem ser demarcadas reservas em áreas ocupadas por indígenas até a promulgação da Constituição Federal, em 5 de abril de 1988. O texto agora vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que tem 15 dias para sancionar ou vetar a decisão do Legislativo.

6 pontos importantes para entender a questão do marco temporal 6 pontos importantes para entender a questão do marco temporal

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Em maio, o projeto foi aprovado em maio na Câmara dos Deputados por 283 votos a 155. Além da tese do marco temporal, o relatório aprovado pelos senadores nesta quarta também prevê uma flexibilização da política de não contato dos povos indígenas isolados, permitindo que entidades privadas tenham contato com esses povos para viabilizar ações consideradas de utilidade pública.

Também foi autorizado a atuação de garimpos e plantações de transgênicos em terras indígenas e a celebração de contratos entre indígenas e não indígenas para explorar atividades econômicas nos territórios tradicionais.

Votaram a favor da instituição do marco temporal para a demarcação de terras

Alan Rick - (União-AC)

Carlos Viana (Podemos-MG)

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Ciro Nogueira (PP-PI)

Cleitinho (Republicanos-MG)

Damares Alves (Republicanos-DF)

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Davi Alcolumbre (União-AP)

Dr. Hiran (PP-RR)

Eduardo Girão (NOVO-CE)

Eduardo Gomes (PL-TO)

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Efraim Filho (União-PB)

Esperidião Amin (PP-SC)

Fernando Dueire (MDB-PE)

Fernando Farias (MDB-AL)

Flávio Arns (PSB-PR)

Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Jaime Bagattoli (PL-RO)

Jayme Campos (União-PB)

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Jorge Kajuru (PSB-GO)

Jorge Seif (PL-SC)

Laércio Oliveira (PP-SE)

Lucas Barreto (PSD-AP)

Magno Malta (PL-ES)

Marcio Bittar (União-AC)

Marcos Rogério (PL-RO)

Marcos do Val (Podemos-ES)

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Margareth Buzetti (PSD-MT)

Mauro Carvalho Junior (União-MT)

Mecias de Jesus (União-RR)

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)

Plínio Valério (PSDB-AM)

Professora Dorinha Seabra (União-TO)

Renan Calheiros (MDB-AL)

Rodrigo Cunha (Podemos-AL)

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Rogerio Marinho (PL-RN)

Sergio Moro (União-PR)

Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

Tereza Cristina (PP-MS)

Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

Weverton (PDT-MA)

Wilder Morais (PL-GO)

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Zequinha Marinho (Podemos-PA)

Votaram contra a instituição do marco temporal para a demarcação de terras

Alessandro Vieira (MDB-SE)

Ana Paula Lobato (PSB-MA)

Augusta Brito (PT-CE)

Beto Faro (PT-PA)

Cid Gomes (PDT-CE)

Confúcio Moura (MDB-RO)

Eduardo Braga (MDB-AM)

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Eliziane Gama (PSD-MA)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Humberto Costa (PT-PE)

Jaques Wagner (PT-BA)

Jussara Lima (PSD-PI)

Leila Barros (PDT-DF)

Marcelo Castro (MDB-PI)

Omar Aziz (PSD-AM)

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Otto Alencar (PSD-BA)

Paulo Paim (PT-RS)

Randolfe Rodrigues (sem partido)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Romário (PL-RJ)

Zenaide Maia (PSD-RN)

Marco temporal: o que é e por que ele representa risco de vida para os indígenas
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