Senado vai contra STF e aprova tese do marco temporal

Texto será levado para sanção ou veto do presidente Lula

27 set 2023 - 19h22
(atualizado em 28/9/2023 às 09h37)
Se a tese for acolhida em lei, comunidades podem acabar sendo removidas de áreas que não eram ocupadas antes dessa data
Se a tese for acolhida em lei, comunidades podem acabar sendo removidas de áreas que não eram ocupadas antes dessa data
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

O Senado aprovou nesta quarta-feira (27), em votação relâmpago, o texto-base do projeto de lei que estabelece o marco temporal como critério para a demarcação de terras indígenas.

A decisão, por 43 votos a 21, vai de encontro ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o critério de posse apenas para áreas ocupadas por povos originários, permanentemente, em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

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6 pontos importantes para entender a questão do marco temporal 6 pontos importantes para entender a questão do marco temporal

Se a tese for acolhida em lei, comunidades podem acabar sendo removidas de áreas que não eram ocupadas antes dessa data.

A aprovação ocorreu menos de cinco horas depois da aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).Os parlamentares ainda precisam decidir sobre os destaques do texto, possíveis pontos de modificação.

 Depois desse processo, o texto será enviado para a sanção do presidente Lula, mas a expectativa é de que ele vete o PL.

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Marco temporal: o que é e por que ele representa risco de vida para os indígenas
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