Sérgio Camargo, então presidente da Fundação Cultural Palmares, foi exonerado do cargo nesta quinta-feira (31). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. A publicação não informava quem será seu substituto.
Jornalista de formação, ele acumulou polêmicas enquanto representante do órgão. Atacou as religiões de matriz africana, o movimento negro e até Moïse Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro depois de exigir o pagamento de pendências trabalhistas.
Camargo chegou a dizer que Moïse "era um vagabundo morto por outros vagabundos", gerando críticas não só no governo como também no Judiciário. O ministro Gilmar Mendes disse que ele precisava ser contido no seu comportamento discriminatório.
Na terça, dia 29 de março, Sérgio Camargo se filiou ao Partido Liberal (PL), mesmo partido de Jair Bolsonaro. "Filiei-me ao PL! Negros não precisam ser vítimas. Negros são livres. Pretos e brancos unidos. Palmares digna. Bolsonaro até 2026. Sigamos, patriotas!", escreveu ele no Twitter, mas não chegou a divulgar qual cargo deve disputar.
A Fundação Cultural Palmares é de federação brasileira e, através da Lei nº 7668, serve para a preservação e promoção de valores culturais e sociais de negros e afro-brasileiros no país. É uma fundação vinculada ao Ministério da Cultura, com a lei criada em 1988.
Agora ex-presidente da Palmares, Camargo também foi acusado de assédio moral por funcionários do órgão. Segundo as denúncias, ele perseguia pessoas com pensamentos próximos ao do movimento negro.
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