O ator John Boyega disse que não tem interesse em retornar à franquia Star Wars, na qual interpretou Finn na última trilogia do universo de George Lucas. Em entrevista ao programa Tell Me Everything With John Fugelsang, ele confirmou que o papel está fora de seus planos.
"Acho que Finn foi deixado em um bom momento em que se pode apreciá-lo noutras coisas, nos jogos, na animação. Mas sinto que (os episódios) VII a IX foram bons para mim", comentou.
Boyega acrescentou que encontrou "aliados" em pessoas com quem trabalhou durante a pandemia, como o realizador Juel Taylor e os colegas Jamie Foxx, Teyonah Parris, Viola Davis e Daniel Kaluuya, para reorientar a sua carreira: "Diversidade é o meu caminho".
Não é a primeira vez que o ator assume o distanciamento da saga, experiência que chegou a descrever como "uma prisão de luxo". Havia uma grande expectativa por parte dele, que apareceu nas imagens iniciais do trailer do primeiro filme, Star Wars: O Despertar da Força", revelado a 28 de novembro de 2014. Logo seu personagem tornou-se conhecido como "Stormtrooper negro".
O papel, porém, acabou não ganhando o esperado destaque e, em novembro de 2020, Boyega afirmou ter tido uma "conversa honesta e transparente" sobre a representatividade na saga com Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, após ter comentado em uma entrevista que seu personagem e os de outros atores de cor, como Naomi Ackie, Kelly Marie Tran e até Oscar Isaac ("um irmão da Guatemala"), tinham sido colocadas "à margem" da história. Com isso, as garantias iniciais do estúdio não foram cumpridas.
A experiência também foi marcada pelo racismo de fãs tóxicos nas redes sociais, quando o estúdio inicialmente adotou uma estratégia de silêncio.
Durante a entrevista a John Fugelsang, o ator mostrou a sua satisfação pela reação ter sido muito diferente quando os fãs atacaram Moses Ingram, de Obi-Wan Kenobi. "Essa é a paz que senti. Quando Moses Ingram foi protegida, eu também me senti protegido. Afinal, quando comecei minha carreira, esse não era realmente um tema de que se pudesse falar", refletiu, mostrando satisfação pela sua experiência ter aberto o caminho.