STF barra a entrada de lideranças indígenas em dia de audiência conciliatória sobre marco temporal

Corte reúne indígenas e ruralistas para discutir demarcação de terras e constitucionalidade da tese de que os indígenas têm direito às terras que ocupava até a promulgação da Constituição de 1989

5 ago 2024 - 17h54
(atualizado às 18h10)
O Supremo Tribunal Federal (STF) faz nesta segunda-feira a primeira audiência de conciliação do Marco Temporal
O Supremo Tribunal Federal (STF) faz nesta segunda-feira a primeira audiência de conciliação do Marco Temporal
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Lideranças indígenas foram impedidas de entrar no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 5, durante a primeira reunião da comissão de conciliação sobre o marco temporal. O encontro, marcado pelo ministro Gilmar Mendes, busca formar acordos entre indígenas e ruralistas acerca da demarcação de terras.

Um dos indigenistas barrados, coordenador Jurídico na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Maurício Terena é membro da mesa de conciliação. Ele trazia junto de si outros indígenas e eles gravaram o momento em que lhes foi dito que não poderiam entrar.

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"Hoje, na tarde em que o Supremo vai decidir a vida dos povos indígenas neste tribunal, pela segunda vez, estamos sendo barrados. No dia que a gente não queria estar aqui. A presidência ligou e deu a ordem de liberação e seguimos sendo barrados. Esse é o cenário conciliatório da Suprema Corte Brasileira. Estamos cansados", disse.

Em seguida, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, pediu a liberação do grupo que só foi aceita cerca de 30min depois. "Gostaria de pedir desculpas às pessoas que foram barradas indevidamente na porta, foi um erro da segurança. Peço desculpas. É o que podemos fazer quando há um erro", afirmou o ministro, no início da audiência já com todos os presentes.

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