Um homem acusado de ligação com a morte da vereadora Marielle Franco foi preso nesta quarta-feira, informou a Polícia Federal. O preso teria feito o desmanche do carro usado pelos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz no dia do assassinato da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes.
Ele já havia sido denunciado em 2023 à Justiça e a prisão foi efetuada nesta quarta pela PF e pelo Ministério Público. Ele foi detido perto de casa, na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
"(As duas instituições) prenderam o dono do ferro-velho que recebeu, realizou o desmanche e descartou o veículo usado pelos assassinos para cometer o duplo homicídio que vitimou a vereadora e seu motorista e da tentativa de homicídio contra a assessora da parlamentar, ocorrido no ano de 2018", informou a PF em comunicado.
O mandado de prisão expedido pela 3ª Câmara Criminal da Capital apontou que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha" atrapalhou, impediu e embaraçou as investigações sobre os crimes envolvendo organização criminosa que matou a vereadora e o motorista, "causando sérios prejuízos à administração da Justiça e, por consequência, à busca da verdade real".
Orelha é o quarto preso por envolvimento no assassinato da parlamentar. Os executores do crime, os ex-PMs Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, estão detidos em um presídio federal aguardando júri popular. O ex-bombeiro Maxwell Simões, conhecido como Suel, foi preso em 2023 acusado de atrapalhar as investigações.
O mandante do crime e a motivação para o assassinato ainda não foram revelados.