O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma denúncia contra Júlio Cesar de Oliveira, suspeito de divulgar cenas de sexo com Reynaldo Gianecchini, por filmar e divulgar “cena de nudez e ato sexual/libidinoso, de caráter íntimo e privado” sem a autorização da vítima. Ele pode ser enquadrado em crimes com pena prevista de até cinco anos de prisão.
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Segundo informações da colunista do jornal A Folha de São Paulo Mônica Bergamo, além dos crimes, também foi fixado um valor de R$ 100 mil de indenização para o ator, que ficou “profundamente abalado” com a conduta do suspeito.
De acordo com as investigações, desde 2018, Julio tentava “insistentemente” entrar em contato com Gianecchini por meio das redes sociais. Nas conversas que mantinham por Whatsapp, ele passou a enviar “mensagens de conotações sexuais” e “fotos dele nu”, ao mesmo tempo em que “solicitava fotos da vítima”.
Em janeiro do ano passado, ele conseguiu convencê-lo a se despir e praticar atos libidinosos durante uma chamada de vídeo. "Sem que Reynaldo percebesse, e sem o seu consentimento, Julio registrou a cena com seu aparelho celular", relata ainda a promotora Ana Maria Aiello Demadis.
Gianecchini se afastou do suspeito após ele ter passado a demonstrar interesse apenas em “sua promoção pessoal”, solicitando vídeos e postagens em suas redes sociais, “para conseguir mais seguidores”.
Ainda de acordo com a promotora, após o afastamento Júlio passou a querer se vingar, humilhar a vítima e conseguir mais seguidores, divulgou o vídeo. As imagens circularam em várias redes sociais, noticiado por alguns meios de comunicação e até publicado em sites pornográficos.
O nível de exposição causou “profundo abalo” no ator, mas fazendo o suspeito conquistar a fama “momentânea” que desejava. Relataram ainda que após a divulgação do vídeo, Júlio tentou se eximir da responsabilidade, enviando mensagem para Gianecchini afirmando não saber como a mídia foi divulgada nas redes sociais.
“Como se depreende exaustivamente das mensagens acostadas aos autos, tal versão é fantasiosa", defendeu a promotora.
O Terra tenta localizar a defesa de Júlio, mas ainda não obteve sucesso. O espaço permanece em aberto.
Durante o depoimento, o rapaz optou ficar em silêncio. Nas redes sociais, ele afirmou que teve o celular hackeado. Como ele não confessou formalmente, a promotoria não ofereceu a Júlia um acordo de não perseguição penal.