A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito policial que investigava o homicídio de Franciele Gusso Rigoni, de 36 anos. A vítima foi morta em maio deste ano, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O marido dela e outro homem foram presos durante as investigações, suspeitos pelo crime.
Segundo a polícia informou ao Terra, no dia 31 de maio, o corpo da vítima foi localizado no banco de um veículo. De acordo com as investigações, na data do crime, o companheiro da mulher saiu da casa onde moravam e buscou o segundo suspeito de estar envolvido no homicídio.
“No caminho de volta para a casa eles pararam em um comércio para comprar uma touca e um par de luvas. Na sequência, os dois seguiram até a residência, e o segundo suspeito ficou escondido no banco traseiro do carro até o momento oportuno de entrar na casa e matar a Franciele, que estava deitada no sofá”, relata Herculano de Abreu, delegado à frente do caso, .
Ainda de acordo com a autoridade policial, pouco antes do crime, o marido da vítima a fotografou ainda viva para enviar o registro ao comparsa. Na imagem, ela aparece deitada no sofá. "Ele, na maior frieza, tirou as fotos [da vítima] para mandar ao comparsa. E o que chamou mais a atenção foi que nessas fotos que ele tirou dela, ela estava sorrindo, não imaginava o que estava para acontecer com ela", lamentou o delegado.
Segundo as investigações, após o crime os suspeitos limparam o local para eliminar o sangue. O corpo da vítima foi colocado no banco do veículo, e o tapete da sala no porta-malas.
Na tentativa de criar um álibi, o marido da vítima foi deixado próximo a uma loja de materiais de construção, no bairro Atuba, onde fez orçamento de móveis para piscina. Já o segundo suspeito seguiu até Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba, onde tentou queimar o tapete.
O delegado relatou que os dois homens foram indiciados por homicídio qualificado mediante promessa de recompensa, traição e emboscada ou mediante outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. Eles também devem responder por fraude processual.
O Terra tenta localizar a defesa dos investigados. O espaço segue aberto para manifestações.
Mãe de vítima pede por justiça
Em postagens nas redes sociais, a mãe de Franciele vem relatando a dor após a perda da filha e pede por justiça. "Ela sorriu pra a foto que ele tirava. Estava tranquila com sua princesa (cachorrinha/filha) no colo. Estava se sentindo segura em sua casa e fazia tratamento para engravidar. Tinha sonhos!", escreveu a mãe.
"Enquanto isso ele planejava o seu assassinato. Enviou a foto e os detalhes da casa para o outro assassino entrar. Difícil acreditar que isso é verdade! Fez por dinheiro. Foi cruel. Planejou", acrescentou a familiar na publicação.