O suspeito de matar a influenciadora Beatriz dos Anjos Miranda, de 24 anos, afirmou à Justiça do Ceará que teria ateado fogo no veículo após tentar reanimá-la e não conseguir. Esse foi um dos fatores determinantes para que a prisão em flagrante do ex-namorado fosse convertida para preventiva. A vítima morreu ao ser enforcada com um cinto de segurança durante uma briga. As informações são da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo.
O caso ocorreu por volta das 4h deste sábado, 29, em Maracanaú, no Ceará. O rapaz foi preso ainda naquela noite pela Polícia Militar e passou por audiência de custódia, onde contou em depoimento que agiu por impulso, e quando percebeu que a jovem estava desacordada, tentou reanimá-la.
Ao perceber que ela estava morta, tentou incendiar o carro, mas as chamas não se espalharam. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas, e localizou o corpo Beatriz com sinais de violência, na próximo ao Anel Viário, na região metropolitana de Fortaleza.
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A prisão preventiva foi determinada porque a Justiça entendeu que o crime é de extrema gravidade, foram utilizados meios cruéis que dificultaram a defesa da vítima, e houve a tentativa de destruir provas, já que ele botou fogo no veículo.
Beatriz era influenciadora e tinha mais de um milhão de seguidores acumulados em várias redes sociais, sobretudo no Kwai. Ela mostrava um pouco de seu cotidiano e fazia vídeos de humor.
Segundo o pai informou à emissora, o motivo do crime seria ciúmes. “Eles tinham muito ciúme um do outro. Ele já tinha batido nela muitas vezes e eu não sabia, vim saber depois. Ela batia nele, ele batia nela. Aí foi isso que aconteceu. Infelizmente, a minha filha se foi precocemente, e o que eu peço é justiça. Se existir justiça aqui na terra, que seja feita. Que ele pague pelo que fez. Eu sou pai de dois filhos só. Foi a minha filha, ficou só o meu filho, mas Deus tá lá em cima ele sabe todas as coisas", declarou Francisco Edvan Miranda.
Em nota ao Terra, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) confirmou a prisão por suspeita de feminicídio e que o corpo da vítima tinha sinais de violência. Equipes da Perícia Forense e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também foram acionadas e realizaram diligências no local.