A técnica de enfermagem Rita Nogueira, de 27 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (15), em um imóvel localizado em Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro. A jovem era funcionária da UPA Cabuís, em Nilópolis, e da Maternidade Leila Diniz, na Barra da Tijuca. Ela estava desaparecida havia dois dias. O rapaz com quem ela estava se relacionando é o principal suspeito pelo crime.
Segundo parentes e amigos publicaram nas redes sociais, o suspeito pelo crime é um estudante de enfermagem com quem ela estava vivendo um romance, identificado como Iago Lacê Falcão. Eles se conheciam a cerca de um mês, pois ele trabalhava no mesmo hospital que a jovem. Ele foi a última pessoa com quem ela foi vista.
Desde a segunda-feira, familiares e colegas de Rita se mobilizaram pelas redes sociais e divulgaram o desaparecimento dela, em busca de informações.
A mãe da técnica de enfermagem chegou a mandar uma mensagem no Instagram do suspeito perguntando sobre a jovem. Ele disse para ela que estava "muito preocupado, desesperado, mas que não sabia da Rita". Ele ainda afirmou que ela estava alterada na noite anterior [domingo] e que ela teria ficado no meio do caminho, em uma ponte, em Ricardo de Albuquerque.
O corpo de Rita, de acordo com o relato de um amigo dela nas redes sociais, foi encontrado pela polícia em uma casa abandonada, que pertence à família de Iago. A vítima foi localizada após o suspeito comparecer na delegacia e indicar o endereço em que a jovem estava.
Amigos e familiares afirmam que o estudante só compareceu na delegacia após a pressão da família da vítima por informações e que o corpo de Rita foi encontrado com sinais de tortura. "Você não merecia passar por uma covardia dessa Rita Nogueira. Que a justiça seja feita e que Deus possa amenizar essa dor", escreveu um amigo da jovem, que compartilhou informações sobre o caso em seu perfil.
Em nota enviada ao Terra, a Secretária de Saúde de Nilópolis lamentou a morte da jovem. "A Secretaria de Saúde de Nilópolis lamenta o falecimento da técnica de enfermagem Rita Nogueira, 27 anos, lotada na UPA Cabuís, e se compadece com a dor dos familiares e amigos. Ela, que era uma funcionária exemplar e muito querida pelos colegas, tornou-se mais uma vítima de feminicídio. Esperamos que a Justiça dê a devida punição ao assassino", destacou a pasta.
Também por meio de nota enviada ao portal, a Polícia Civil informou que o caso foi comunicado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) pelo autor, na noite de terça.
"Durante a madrugada, diversas diligências foram realizadas a fim de apurar as circunstâncias do fato. Foram realizadas perícia no local onde o casal se encontrou e no veículo dele. Imagens de câmeras estão sendo analisadas e a unidade aguarda o laudo de necropsia. Outras diligências seguem, porém não podem ser detalhadas, no momento, para não prejudicar o êxito da investigação", afirmou a polícia.
O investigado foi liberado após comparecer à delegacia porque não houve flagrante, já que passou o prazo de 24 horas do crime. Agora, familiares e amigos de Rita pedem pela sua prisão e por justiça. Todos se mobilizaram e subiram a hashtag #justicaporrita no Twitter, onde seguem fazendo publicações sobre o caso.
O Terra tenta localizar a defesa de Iago Lacê Falcão.