O técnico Cuca não vai mais se manifestar sobre a condenação de atentado ao pudor com uso de violência contra uma garota de 13 anos no qual foi condenado em 1989 - o crime teria ocorrido dois anos antes, em 1987. O treinador do Corinthians contratou uma equipe de advogados com representantes na Suíça, país onde o crime teria acontecido.
Condenado à revelia, quando o réu não apresenta defesa, o treinador terá pela primeira vez profissionais defendendo no caso, mesmo a condenação tendo prescrevido em 2004. A decisão de Cuca aconteceu após o advogado da vítima ter declarado em entrevista ao 'UOL Esporte' que ela teria o reconhecido como violentador, o que contraria a versão do comandante corintiano, que afirma que a menina não havia o reconhecido nos três depoimentos que deu na época do processo.
Cuca, que treinou o elenco do Timão normalmente nesta terça-feira (25), véspera do jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Remo, vai dirigir a sua equipe normalmente nesta quarta-feira (26), na Neo Química Arena. Derrotado por 2 a 0 no jogo de ida, há duas semanas, em Belém do Pará, o Corinthians precisa vencer por três gols de diferença para se classificar às oitavas de final da competição nacional. Um trinfo por dois gols de vantagem levará a decisão para os pênaltis.
Confira a nota completa:
'O treinador Cuca esclarece que está totalmente concentrado e empenhando toda a sua energia para o jogo decisivo que o time enfrentará amanhã e, diante das notícias veiculadas nos últimos dias a seu respeito, comunica que a partir desta nota, ele se manifestará e será representado exclusivamente por meio de seus advogados que contam com representantes na Suíça.
Desta forma, refuta as acusações que lhe são atribuídas, que remontam há mais de trinta anos e que foram investigadas e apuradas na ocasião.
O treinador segue desempenhando seu trabalho com lisura e honradez há décadas e, por essa razão, não deverá tolerar afrontas e ofensas contra sua idoneidade, caráter e integridade', diz o documento assinado pela advogada Ana Beatriz Saguas e o advogado Daniel Leon Bialski.