Thales Bretas desabafa sobre perguntas dos filhos por Paulo Gustavo: 'Não queria'

Médico e viúvo do humorista, vítima da covid-19 em 2021, deu detalhes sobre o relacionamento com os filhos no Conversa com Bial

12 ago 2023 - 18h14
(atualizado às 20h11)
Thales Bretas e Paulo Gustavo com os filhos, Romeu e Gael
Thales Bretas e Paulo Gustavo com os filhos, Romeu e Gael
Foto: Reprodução/Instagram

O médico Thales Bretas, viúvo do ator Paulo Gustavo, revelou detalhes das difíceis conversas que tem com os filhos, Romeu e Gael, que aos três anos já perguntam pelo pai, falecido em 2021, vítima da covid-19. Em entrevista, Bretas afirma que, desde a trágica perda do humorista, tenta explicar aos filhos o que aconteceu.

No Conversa com Bial, o médico afirmou que, no começo, era difícil abordar o assunto com as crianças. "Eu queria manter fresca a memória deles de momentos com o Paulo. No começo, eu percebi que isso era desafiador para eles, eles saiam de perto, mudavam de assunto, não entendiam o porquê da ausência desse pai". 

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Mas, com o passar dos anos e o amadurecimento das crianças, conta Bretas, a curiosidade dos pequenos sobre o assunto aumentou. "Um dia Romeu me perguntou: 'Mas por que papai Paulo foi para o céu?', e eu disse: 'Papai ficou dodói, filho, e tem momentos que a gente fica dodói, não escolhe e vai para o céu'".

"'Mas eu não queria que o papai Paulo fosse para o céu', e, na hora, eu até engoli o choro e falei: 'Eu também não queria, filho, de jeito nenhum, e a gente nunca quer que ninguém vá para o céu e a gente nunca escolhe essa hora'", desabafou Thales. 

Dificuldades como pai solo

Em uma entrevista emocionante ao GNT, o médico dermatologista revelou a importância de ter uma rede de apoio durante esse processo desafiador como 'pai solo' e destacou a proximidade com a família de Paulo como um fator essencial para superar os desafios da paternidade.

"Esse projeto de ter filho nunca foi algo que eu imaginei solo, sempre quis ter família", desabafou Thales. "No momento que perdi tive dificuldade, porque, ao mesmo tempo que precisei me encontrar, processar a dor, tive o reflexo de ser pros meus filhos quase que as duas figuras", completou.

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"A gente tem um esquema de rodízio nesse apoio, cada dia uma avó busca na escola. Nos dias em que estou no consultório, porque às vezes é um horário que eu não posso buscar", explicou o médico.

Fonte: Redação Terra
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