O empresário Thiago Brennand, acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça, resistiu à prisão e disse que era inocente durante a detenção nos Emirados Áraber Unidos (EAU). A polícia agiu rapidamente por desconfiar que ele pudesse tentar fugir para a Rússia, onde tem amigos e já morou antes da pandemia da covid-19. As informações são da TV Globo.
Brennand tem 5 mandados de prisão preventiva no Brasil por agredir uma modelo, sequestrar, tatuar à força, estuprar a 2ª mulher, estuprar uma jovem e uma miss. Por estar no exterior, a Polícia Federal teve que buscar o empresário por meio da Diretoria Internacional. A extradição para o Brasil, aprovada na segunda-feira, 17, é tratada diretamente pela PF com o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos.
O empresário foi detido em um hotel em Abu Dhabi, e alegou que estava sendo injustiçado. Nesta terça-feira, 18, quatro policiais foram até o país para trazê-lo ao Brasil. Normalmente, dois policiais são enviados para este tipo de caso, mas devido ao histórico violento do criminoso, a PF optou pelo envio de quatro agentes.
Segundo a PF e um delegado-chefe da Interpol, Brennand já está preso nos Emirados Árabes, mas, até domingo, 16, ele cumpria medidas cautelares em liberdade. Para a extradição acontecer, Brennand precisava ser detido pela autoridade local e ficar preso nos Emirados Árabes. Depois, a Polícia Federal efetiva a extradição. A Interpol atua apenas na publicação da Difusão Vermelha, o que já ocorreu.
Marcio Cezar Janjacomo, advogado que representa 12 vítimas de Brennand, disse à Globo que as clientes estão com a sensação de justiça. "Nenhuma delas estava acreditando mais na Justiça. Estavam desiludidas, porque 'poxa vida, não prendem, não acontece', enfim. Estão todas muito felizes com o resultado", relatou.
Depois de chegar ao Brasil, o criminoso será levado a um Centro de Detenção Provisória e a Polícia Civil deve assumir as investigações.