Tomas Bastos, do CSA, foi vítima de racismo durante o jogo contra o Ypiranga no último domingo. O meio-campista alertou ao árbitro que foi chamado de "macaco" por parte da arquibancada adversária.
A partida em questão, válida pela segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, terminou em empate por 1 a 1. Aos 37 minutos do primeiro tempo, o jogador foi próximo à arquibancada para cobrar um lateral e ouviu de uma torcedora: "vai logo, macaco".
O árbitro Luiz Augusto Silveira Tisne paralisou o jogo e só retomou quando a mulher foi identificada e retirada do estádio.
Após o caso, o CSA se pronunciou nas redes sociais e lamentou o ocorrido. Na nota, o clube reforçou que é "inadmissível que ainda ocorram fatos desse tipo em 2023", não tendo mais "espaço para racismo".
Confira o comunicado do CSA na íntegra:
O Centro Sportivo Alagoano lamenta profundamente mais um caso de racismo no futebol. Durante a partida deste último domingo, diante do Ypiranga, pela segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro o atleta Tomas Bastos foi vítima de injúria racial por parte de torcedores adversários. Repudiamos veementemente qualquer tipo de discriminação, que precisa ser combatido em qualquer situação. É inadmissível que ainda ocorram fatos desse tipo em 2023, não há espaço para racismo.
O clube reforça que sempre luta contra o racismo, com campanhas e lançamentos de camisas. Em 2021, por exemplo, o CSA entregou uma camisa com a frase "Diga não ao racismo" para o atleta Celsinho, do Londrina, que na época também havia sofrido injúria racial.
Reiteramos todo o nosso apoio ao atleta Tomas Bastos neste momento e informamos que um Boletim de Ocorrência (BO) foi feito logo após o fim do jogo. O Azulão repudia todo e qualquer ato de preconceito e espera que os responsáveis respondam pelos seus atos.