Poucas horas após o fim da vitória do Palmeiras sobre o Emelec por 3 a 1, na noite desta quarta-feira, torcedores do time brasileiro denunciaram ofensas racistas que teriam sofrido de fãs da equipe equatoriana no Estádio George Capwell, em Guayaquil. O jogo foi válido pela fase de grupos da Copa Libertadores, com vitória do time brasileiro por 3 a 1.
Em vídeo que circula nas redes, palmeirenses discutem com torcedores do Emelec, que aparecem na parte superior das arquibancadas. Um deles teria chamado os brasileiros de "macaco", segundo a denúncia dos brasileiros.
Também pelas redes sociais, a direção do time paulista se manifestou sobre o caso já na madrugada. "A Sociedade Esportiva Palmeiras se solidariza com os seus torcedores que foram vítimas de ofensas racistas durante o jogo disputado nesta quarta-feira em Guayaquil, no Equador", registrou o clube.
"É inaceitável que no ambiente do futebol ainda tenhamos de conviver com manifestações tão rasteiras. Lamentamos profundamente esse episódio e esperamos que as autoridades competentes tomem as devidas providências para que cenas assim não mais se repitam. Basta!", completou. O Emelec não se manifestou sobre a denúncia ao fim da partida.
Torcedor do Emelec nos chamando de macaco no jogo de hoje no Equador. pic.twitter.com/Y1rS9Wn8Eq
— Herança da história. (@FotosMancha) April 28, 2022
O episódio acontece apenas um dia depois de outro caso de racismo em que torcedores brasileiros também foram alvos. Na noite de terça-feira, um torcedor argentino foi detido no intervalo da partida entre Corinthians e Boca Juniors, na Neo Química Arena, em São Paulo, em outra partida da Libertadores. Ele passou a noite toda na delegacia até ser liberado na manhã de quarta, após pagar fiança no valor de R$ 3 mil. As diretorias de Corinthians e Boca Juniors lamentaram o episódio.
Ainda neste mês, outro caso de racismo aconteceu na partida entre River Plate e Fortaleza, pela Libertadores, em Buenos Aires. Um torcedor do time argentino foi flagrado jogando uma banana na direção da torcida do time cearense, no Estádio Monumental de Núñez. A direção do River Plate revelou que ele era sócio do clube e foi suspenso por seis meses.