Mulheres transexuais detidas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), popularmente conhecida como 'Colmeia', foram retiradas de suas celas por causa da chegada de bolsonaristas presas por atos terroristas no dia 8 de janeiro em Brasília. A informação consta em relatório da Defensoria Pública do Distrito Federal e da Defensoria Pública da União, após vistorias na penitenciária.
"Para a acomodação das novas ingressantes foi necessária a transferência das mulheres trans para os espaços físicos reservados ao parlatório (onde de costume ocorrem visitas íntimas), ocupando-se também as áreas direcionadas às gestantes e lactantes", informa o documento.
Os defensores realizaram uma entrevista informal com as detentas trans e concluíram que, embora compreendam a excepcionalidade da medida, as presas demonstraram urgência no restabelecimento da rotina carcerária e o retorno às alas originárias.Além de detentas trans, a PFDF também possui ala de Tratamento Psiquiátrico.
"Em conclusão, foi possível observar que a Unidade Prisional encontra-se no limite operacional de suas atividades", acrescenta o órgão no relatório.
No relatório, a Defensoria reforça o pedido para a concessão de liberdade eletronicamente monitorada para 85 mulheres com trabalho externo. O pedido foi concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira, 16.