Um tribunal espanhol rejeitou um pedido do jogador brasileiro Daniel Alves para ser libertado da prisão preventiva enquanto prossegue a investigação sobre um suposto caso de abuso sexual em boate de Barcelona, disse o tribunal regional nesta terça-feira.
O homem de 39 anos, que negou as acusações, foi preso de maneira preventiva e sem direito a fiança no dia 20 de janeiro depois que uma mulher local apresentou queixa no mês passado sobre um evento na boate Sutton, no centro da cidade. A polícia está investigando se houve crime de abuso sexual e o caso permanece em aberto.
O advogado de Alves havia pedido que ele fosse solto sob fiança caso entregasse o passaporte e usasse uma tornozeleira eletrônica, argumentando que tinha laços familiares na Espanha.
No entanto, o tribunal rejeitou os argumentos e ordenou que ele permaneça em prisão preventiva na detenção de Brians 2, nos arredores de Barcelona.
"Existe um alto risco de fuga porque... a punição severa que ele enfrenta no presente caso, as fortes evidências de crime e seu poderio econômico tornariam possível para ele... deixar a Espanha a qualquer momento", disse o tribunal.
O caso atraiu atenção significativa na Espanha por conta da fama de Daniel Alves, mas principalmente porque a agressão sexual continua sendo um tema político dominante desde o estupro coletivo de uma adolescente em 2016 durante o festival de corrida de touros de São Firmino, que levou ao endurecimento das leis de violência sexual no país.
Na Espanha, uma denúncia de estupro é investigada sob a acusação geral de abuso sexual e as condenações podem levar a penas de quatro a 15 anos de prisão.
A condenação por tal acusação também abre caminho para o pagamento de uma compensação financeira à vítima para cobrir danos físicos, fisiológicos e morais.