Somente Pernambuco e Bahia tiveram redução nos índices de violência contra a mulher. Maranhão e Pará foram os estados em que mais aumentou. Veja a quantidade de casos e a porcentagem de aumento.
A cada 17 horas, ao menos uma mulher foi assassinada considerando nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança. Entre mortes e outras violências, foram 4.181 vítimas no ano passado, aumento de 12,4% em relação a 2023.
O levantamento contabilizou 531 feminicídios, a maioria cometidos por pessoas próximas, sobretudo companheiros e ex-companheiros. Veja a situação em cada um dos nove estados segundo o boletim Elas Vivem: um Caminho de Luta.
Maranhão: 365 casos, aumento de 90%
No Maranhão, 151 casos foram cometidos por parceiros e ex-parceiros, com 54 mortes. Nove entre dez crimes não tiveram raça e cor identificados.
Pará: 388 casos, aumento de 73,2%
No Pará, 63,4% dos crimes foram cometidos por parceiros e ex-parceiros. É alto o índice de agressões registradas com uso de arma de fogo (96), facas e objetos cortantes (95).
Ceará: 207 casos, aumento de 21,1%
O ano de 2024 foi o pior período em sete anos. Os feminicídios aumentaram de 42 para 45. Parceiros e ex-parceiros cometeram a maioria das violências, sem nenhum transfeminicídio.
Piauí: 237 casos, aumento de 17,8%
Teresina teve, disparadamente, o maior número de casos (101), seguida por Parnaíba (14). Foram 57 tentativas de feminicídios e 36 feminicídios.
São Paulo: 1.117 casos, aumento de 12,4%
São Paulo é a única região monitorada com mais de mil eventos violentos contra mulheres. Foram 144 feminicídios, sendo 125 cometidos por parceiros ou ex-parceiros.
Rio de Janeiro: 633, aumento de 1,9%
Chamam atenção 103 casos de violência sexual e estupro. Feminicídios e tentativas também registraram altos números: 63 e 261, respectivamente.
Pernambuco: 312 casos, redução de 2,2%
Pernambuco ficou atrás apenas de São Paulo nas mortes de mulheres, com 167, e foi o segundo estado, entre os nove monitorados, com mais casos de feminicídio, 69 casos.
Bahia: 257 casos, redução de 30,2%
A capital baiana, Salvador, foi a que mais registrou violências, com 68 casos. O estado teve 96 mortes de mulheres e nenhum transfeminicídio foi registrado.
Amazonas: 604 casos
O estado aparece pela primeira vez no monitoramento e fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, superando estados mais populosos, como Bahia e Pernambuco.
